quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014: VEJA, MODUS OPERANDI

                   Capa de Veja, edição 2397: panfleto quase fatal.
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Do jornal O Globo, edição desta data:

"A Polícia Federal abriu inquérito para investigar as circunstâncias do vazamento de trechos de um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef cita a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Investigadores da Operação Lava-Jato suspeitam que Youssef foi estimulado a fazer declarações sobre Dilma e Lula, numa manobra que teria, como objetivo, influenciar o resultado das eleições presidenciais.

Trechos do depoimento foram divulgados pela revista 'Veja', quinta-feira passada. Dois dia antes, Youssef prestara um depoimento, como vinha fazendo desde o início da delação premiada. No dia seguinte, um de seus advogados pediu para fazer uma retificação no depoimento anterior. No interrogatório, perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo doleiro, sabia das fraudes na Petrobras.

Youssef disse, então, acreditar que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a 'retificação' do depoimento. No dia seguinte, trechos do depoimento foram publicados pela revista, com a informação de que o doleiro teria dito que Dilma e Lula sabiam das fraudes na Petrobras. (...)." - Aqui.

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Imagine o impacto dessa "denúncia" sobre o eleitorado, especialmente o de São Paulo. O 'serviço', convenhamos, foi bem arquitetado e melhor ainda executado. 

Dilma Rousseff superou em 3,28% a votação de Aécio Neves. Diante de todas as ilicitudes postas em prática e dos estragos delas decorrentes, é como se tal maioria fosse de oito, dez por cento, ou até mais.

Algo me diz que, se o plano de eleger Aécio tivesse triunfado, dificilmente viríamos a conhecer a verdade. Ou a parte até aqui revelada.

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ADENDO


Dicas de leitura:

."Como a Veja surrupiou oito pontos da Dilma em SP" - Por Paulo Henrique Amorim - aqui;

."Talvez a edição 2397 de Veja tenha involuntariamente sido a esperada gota d’água que faltava para que finalmente se regulamente e se cumpram as normas da Constituição de 1988 relativas à comunicação social – que, aliás, aguardam por isso há mais de um quarto de século". - "Golpe eleitoral de Veja justifica acelerar regulação econômica da mídia" - Por Venício Lima - aqui.                                                                     

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