sábado, 30 de abril de 2011

CRIST E A NOTA DO RÉQUIEM

ENTREOUVIDO NA OPUS DEI


- Os processos de beatificação duram 50 anos, em média.

- E daí?

- Daí, é o seguinte: o processo de João Paulo 2º só vai durar 6 anos.

- Pois é, um ano a mais do que o ideal.

- Como assim?

- Opus Dei, moderna, isenta e original: 50 anos em 5.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

EMBRIAGUEM-SE


É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.

E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão: "É hora de embriagar-se! Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar! De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser".

(Charles Baudelaire, poeta francês, 1821-1867, tradução de Jorge Pontual. Li esse texto há pouco, no blog de Joel Bueno. Li e lembrei de Bob Dylan e sua Blowin' in the Wind).

OLD CARTUM


O casamento - Cartum de Fortuna.
(Reginaldo Fortuna, 1931-1994).

quinta-feira, 28 de abril de 2011

AINDA OS ESTRANGEIRISMOS


Verissimo: "Defesa contra estrangeirismos é se dar conta do ridículo"

Claudio Leal/TerraMagazine
 
Fonte de polêmica no Rio Grande do Sul, o projeto de lei do deputado estadual Raul Carrion (PCdoB) contra estrangeirismos não é considerado de "aplicação muito prática" pelo escritor Luis Fernando Verissimo, 74 anos.

Aprovado por 26 a 24 votos, na Assembleia gaúcha, o projeto proíbe o uso de palavras de outros idiomas - em propagandas, na mídia e em documentos oficiais - sem o acompanhamento de uma tradução, quando houver equivalente em língua portuguesa.

"Admiro o deputado Raul Carrion e compartilho da sua preocupação com a invasão de estrangeirismos na nossa língua, essa evidência especialmente ridícula de colonialismo cultural. Mas vejo pouco futuro para a sua lei, cuja aplicação não seria muito prática", afirma Verissimo, um dos autores brasileiros mais lidos na atualidade, em resposta a Terra Magazine.

Questionado se a língua portuguesa precisa ser defendida, o escritor gaúcho ironiza: "A única maneira de defender a língua portuguesa dos estrangeirismos é confiar que as pessoas eventualmente se deem conta do ridículo."

O deputado Carrion critica os brasileiros que escrevem "mesclando palavras em inglês", por "ignorância em relação ao português". "Uma coisa de papagaio, de macaquinho, de modismo", atacou o militante  comunista.

A lei aprovada não se aplica a nomes próprios. O governador Tarso Genro (PT) antecipou que, se vetar o texto enviado pelos deputados, vai apresentar uma nova proposta de "valorização da língua portuguesa".

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Cartum: pinçado do blog ivoviuauva.

ECOS DA GRANDE DEPRESSÃO 2008


Por Kayser.

ABOBRINHA JURÍDICA


Por 10 a 1, o STF bateu o martelo: o mandato de parlamentares licenciados para assumir cargo no Poder Executivo deve ser ocupado pelo primeiro suplente da coligação partidária e não do partido ao qual o titular do mandato é filiado. O voto vencido foi do ministro Marco Aurélio Mello.

Tudo bem. Mas causa espécie um detalhe: o ministro Gilmar Mendes, apesar de ter seguido a maioria, fez críticas duras ao sistema de coligação, que em sua opinião contribui para a debilitação do sistema partidário. Para o ministro, a coligação ainda é constitucional, mas está "em processo de inconstitucionalização" em nome do princípio da fidelidade partidária.

Processo de inconstitucionalização! Putz.

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Ilustração: Blancucha.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

DA SÉRIE FILMES MARCANTES


MUITO ALÉM DO JARDIM

Por Marden Machado

Muito Além do Jardim é baseado no livro O Videota, do polonês Jerzy Kosinski, que também escreveu o roteiro do filme. Conta a história do jardineiro Chance (Peter Sellers), que passou a vida isolado de tudo ao seu redor cuidando apenas de seu jardim. Ele não sabe ler ou escrever e conhece o mundo apenas através da televisão. Todo o seu conhecimento se resume ao cultivo das plantas e ao que viu na TV. Por uma série de circunstâncias ele se torna conselheiro do presidente dos Estados Unidos e de alguns poderosos que ficam maravilhados com sua imensa e profunda sabedoria. Muito Além do Jardim foi realizado em 1979, mas continua bastante atual. O diretor Hal Ashby conduz a trama com grande habilidade e critica de maneira sutil e inteligente uma sociedade fascinada por celebridades e vazia de conteúdo. Além do excelente roteiro e da direção inspirada, o filme não seria o mesmo sem o elenco de atores que foi escalado. Em especial Peter Sellers, em seu último trabalho (ele veio a falecer poucos meses depois do lançamento). A maneira como ele compôs a personagem Chance é primorosa. Sellers, que sempre foi um ator mais "físico", imprimiu ao jardineiro um comportamento mais contido, tímido, desligado e de olhar distante. Impossível imaginar outro ator nesse papel. Muito Além do Jardim é corrosivo, contundente e resistiu bem ao teste do tempo. Como diria Chance: "eu gosto de ver".

MUITO ALÉM DO JARDIM (Being There - EUA 1979). Direção: Hal Ashby. Elenco: Peter Sellers, Shirley MacLaine, Jack Warden, Melvyn Douglas e Richard Basehart. Duração: 130 minutos. Distribuição: Warner.

http://cinemarden.blogspot.com/ .

CARTUM BELICOSO


Por Derkaoui Abdellah.

A PRESUNÇÃO DA CULPA


Por Mair Pena Neto

Qual deve ser a atitude da política externa do Brasil diante de um país que criou um sistema policial e penal sem garantias, que prende inocentes, que os mistura a criminosos perigosos e que os priva de julgamentos justos? Diriam os bravos colunistas da grande imprensa nacional, sempre atentos às questões de direitos humanos, que deveria ser de condenação. Será, então, que leremos nas páginas de nossos diários um pedido para que Dilma condene os Estados Unidos pelas terríveis violações na prisão de Guantánamo, reveladas pelo Wikileaks?

Seria coerente. Afinal, é isso que cobram de nossos governantes em relação a Cuba. Dilma tem viagem prevista para Havana e, certamente, lhe será exigida algum tipo de manifestação sobre os direitos humanos na ilha, o que ela certamente não fará, como não fez em Pequim e não faria em Washington, como recomendam as melhores normas diplomáticas.

O governo brasileiro não é polícia do mundo e tem seus próprios problemas de direitos humanos para ficar cobrando postura dos outros. Esse papel fica para os Estados Unidos, que pousam de impolutos enquanto praticam as maiores atrocidades em Guantánamo, aliás um pedaço de terra em território cubano, mantido contra a vontade do país caribenho. Os EUA controlam uma base naval em Guantánamo desde o início do século 20, pela qual pagam pouco mais de 4 mil dólares por ano, insuficientes para alugar um apartamento de frente para o mar no Rio de Janeiro.

Obama havia prometido fechar a prisão de Guantánamo – não falou em devolução – mas não cumpriu. Mais grave ainda, autorizou esse ano a retomada dos julgamentos militares, suspensos por dois anos, em nome do “fortalecimento da segurança e dos valores americanos”. Agora vê-se que valores são esses. Portadores de doenças psiquiátricas graves, adolescentes, professores e agricultores presos sem nenhum vínculo com o terrorismo, apenas por uma suposta ameaça que poderiam representar.

Os Estados Unidos inverteram um dos principais princípios do Direito, a presunção da inocência, e criaram a figura da presunção da culpa. Pessoas podem permanecer anos a fio presas com base no que foi estabelecido como três níveis de risco: o das pessoas que “provavelmente” representam uma ameaça para os EUA e seus aliados, o das que “talvez” sejam uma ameaça e o das que “improvavelmente” representam ameaça. Com base neste último quesito, o mais brando, estão registradas pessoas que passaram nove anos na prisão.

A “eficiência” do novo sistema jurídico norte-americano resultou em que apenas 22% dos prisioneiros de Guantánamo representaram um nível de interesse alto para o serviço de inteligência. A tortura é mencionada nos quase 800 documentos revelados pelo Wikileaks, embora os americanos não especifiquem os métodos adotados para obter confissões e delações. Quando um preso declara ter sido torturado, o redator do informe escreve que essa declaração carece de legitimidade.

Enfim, uma sucessão de abusos e desrespeitos que mereceriam a condenação internacional. Bem que os nossos meios de comunicação podiam começar uma campanha neste sentido, encabeçada pelo Brasil, como exemplo da posição intransigente em relação aos direitos humanos, que, segundo estes mesmos meios, diferenciariam Dilma de Lula.

terça-feira, 26 de abril de 2011

CHERNOBYL, 25 ANOS


Entreouvido nuclear: "No sarcófago de Chernobyl deveriam estar também as mentalidades que permitiram implantar Fukushima sobre quatro placas tectônicas".

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Charge de Humberto.

NON SENSE


'Plaisir solitaire', por René Maltête - fotógrafo francês; 1930-2000.

CONFISSÕES DE MONTEIRO LOBATO


A revista “Bravo!” publica em maio cartas inéditas do escritor Monteiro Lobato. “Um dia se fará justiça ao Ku Klux Klan; tivéssemos uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos livres da peste da imprensa carioca - mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva”, escreveu em 1938 o escritor, censurado pelo governo por racismo. (Monica Bergamo - Folha de São Paulo).

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Trecho do artigo 'Obama deu samba', de Martinho da Vila, escrito por ocasião da visita de Obama ao Brasil:

"Quando o Barack estava concorrendo à presidência dos Estados Unidos, eu escrevi o artigo ‘Obama vai dar Samba’. Vai dar samba é uma expressão popular que quer dizer “vai dar certo” e eu escrevi no sentido de “vai vencer, vai ser eleito” e deu samba.

Na ocasião, eu fiquei pensando no Monteiro Lobato, autor de uma vasta literatura infantil. Criou também, dentre outras obras, o discutível ‘Negrinha’ e o contestável ‘Jeca Tatu’, além do controverso ‘O Presidente Negro’, escrito com o objetivo de fazer sucesso na América do Norte. Deu azar porque os editores americanos não quiseram publicar. Naquela altura os livreiros de lá estavam descartando obras com conotações racistas. Decepcionado, nosso “gênio da literatura” escreveu de Nova York para um de seus amigos, o literato Godofredo Rangel, conforme publicou o jornalista Arnaldo Bloch: “Meu romance não encontra editor (…). Acham-no ofensivo à dignidade americana (…), errei vindo cá tão verde. Deveria ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros”. Que absurdo! Gostaria que Lobato, adepto da Ku Klux Klan, violenta organização racista americana, estivesse vivo para presenciar o encontro do primeiro preto dirigente máximo da América com a primeira mulher Presidenta do Brasil. (...)"

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Já haviam sido detectados trechos racistas na literatura de Lobato. Ano passado, houve questionamentos em face de 'As caçadas de Pedrinho', obra sobre a qual o MEC recomendou contextualização em sala de aula, por parte dos professores, tendo em conta o racismo nela exposto. Aguardemos a Bravo! para ver a matéria completa.

DESARMAMENTO, POR AMORIM

ESTRANGEIRISMOS GO HOME


Leio no blog de Luis Nassif que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou lei que institui a obrigatoriedade do uso de expressões em português no lugar das estrangeiras "em todo documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita". Caberá ao governador Tarso Genro sancionar ou vetar a lei.

Alguns comentaristas consideram pertinente a iniciativa, tendo em conta os absurdos observados, como o uso de termos em inglês em lugar de consagradíssimas (e mais curtas)  palavras/expressões na língua pátria. Outros torcem o nariz. Permeando tudo, o complexo de vira-lata. A discussão é interminável.

Há, de fato, excrescências, mas algo está a dizer que a luta parece vã.

Cumpre destacar parte surreal do comentário do leitor Eduardo CPQs: "Outro dia, zanzando num 'Shopping Center', que poderia ser chamado galeria, como se denominavam conjuntos de lojas semelhantes há algumas décadas, li na vitrine de uma loja 'ATÉ 50% OFF'. Curioso, adentrei a loja e perguntei o significado da expressão a uma balconista. A resposta:  '- Não sei, acho que a dona da loja se chama Offélia, com dois efes...'"

Quadrinho: Mafalda, adorável criação de Quino.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

CHEGANDO ANTES


Cartum de Novaes.

TRINTA ANOS DO ATENTADO


RIO – Deixar que a bomba explodisse em seu colo não foi o único erro do sargento Guilherme Pereira do Rosário na noite de 30 de abril de 1981, no Riocentro. O “agente Wagner” do Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI I), principal centro de tortura do regime militar no Rio, também levava no bolso uma pequena agenda telefônica, contendo nomes reais, e não codinomes, e respectivos telefones, de militares e civis envolvidos com tortura e espionagem. Quatro deles eram ligados ao “Grupo Secreto”, organização paramilitar de direita que desencadeou uma série de atos terroristas na tentativa de deter a abertura política.

Havia ainda nomes-chave da polícia fluminense, como o chefe de gabinete do secretário de Segurança e o chefe da unidade de elite policial da época, o Grupo de Operações Especiais, mais tarde Departamento Geral de Investigações Especiais, setor especializado em explosivos que tinha a responsabilidade de investigar justamente atentados a bomba como os patrocinados pelos bolsões radicais alojados na caserna.

Trinta anos depois do atentado que vitimou o próprio autor e feriu gravemente o então capitão Wilson Machado, O GLOBO localizou a agenda e identificou metade dos 107 nomes e telefones anotados pelo sargento. De oficiais graduados a soldados, de delegados a detetives, Rosário tinha contatos em setores estratégicos, como o Estado-Maior da PM e a chefia de gabinete da Secretaria de Segurança, além de amigos ligados a setores operacionais, como fábrica de armamento e cadastros de trânsito. (...)

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Trechos de matéria publicada pelo O Globo, edição de ontem, 24 de abril. O atentado do Riocentro aconteceu em 30 de abril de 1981.

Antes, o pessoal acima citado teria praticado (certamente entre outros) o atentando de 27 de agosto de 1980 contra a sede da OAB no Rio de Janeiro, quando uma carta-bomba matou a secretária Lyda Monteiro da Silva.

Comissão da Verdade sim. Punição aos delinquentes (inclusive os agendados, se for o caso) sim. Nem o surrado argumento da Lei da Anistia cola, visto que anterior aos atentados (lei 6.683, de 28 de agosto de 1979).

JUSTIÇA CHEGA A GUANTÁNAMO


Por Ares.

A DÍVIDA DOS GRANDES


.Dívida dos países ricos (EUA, Europa e Japão):

.Em 2007: US$ 26 trilhões; em 2011: US$ 42 trilhões, correspondente a 61% do PIB mundial.

.Os EUA, sozinhos (gráfico acima), deverão algo como 112% de seu PIB em 2016 (contra 62% em 2007 e 99,5% em 2011). PIB dos EUA: US$ 15 tri, aproximadamente.

.Por quê? Expansão desenfreada da moeda como forma de induzir a superação da crise econômica.

.Implicações: aumento do fluxo de capitais especulativos, elevação do preço das commodities (minérios, carnes, cereais etc), resultando em aceleração da inflação mundial.

domingo, 24 de abril de 2011

CARTUM DE FRED


Fred, de Campina Grande (PB).
http://fredcartunista.blogspot.com/

HAICAI DA CHUVA


DO BUFÃO, PUTO POR INTEIRO:
SE AO MENOS ESSA CHUVA
FOSSE DE DINHEIRO!

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Cartum: autor desconhecido.

A ALTERNATIVA


FHC, há alguns dias, apontou o caminho da oposição: a classe média. Povão? Esqueça.

Veio o Datafolha (na circunstância, insuspeito) e tascou um balde de água fria nas pretensões fernandistas: o PSDB leva um banho acachapante também naquele estrato.

Pelo visto, resta-lhe continuar na amarga estrada do torcer contra. Sem deixar escapar desabafos como 'também, com um povinho como esse!'

BIERCE DEFINE


CARTESIANO .... Relativo a Descartes, famoso filósofo autor do célebre ditado Cogito ergo sum, com o que julgou demonstrar a realidade da existência humana.

Contudo, o ditado poderia ser melhorado para Cogito cogito ergo cogito sum - 'Eu penso que penso; logo, penso que existo', que é o mais  perto da certeza a que qualquer filósofo já chegou.

.Ambrose Bierce, 1842-1913 (circa), jornalista e escritor satírico norte-americano, em 'Fábulas Fantásticas', Artenova, 1973.

sábado, 23 de abril de 2011

LETAIS ATÉ OS DENTES


Cartum de Chappatte.

DIA NACIONAL DO CHORO


Hoje é o dia nacional do Choro, e dia nacional do Choro é sinônimo de Pixinguinha. Clique no link abaixo e se delicie com a homenagem que Laura Macedo ofereceu ao gigante da MPB:

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/dia-nacional-do-choro-e

O RANKING DA PROSPERIDADE



Acima, resumo da pesquisa que a Gallup Consulting realizou em 124 países, tentando medir o sentimento de prosperiadade – atual e nos próximos cinco anos – da população.

No topo, Dinamarca, seguida de Suécia e Canadá. Nada surpreendente.

Em 5º lugar, ostentando um percentual de 64% de sentimento de prosperidade da população, a Venezuela de Hugo Chávez! O país de Chávez empata com a Finlândia e supera Holanda (62%) e até os EUA (59%).

O Brasil alcança boa posição: é o 15º colocado entre 124 nações, e com um índice de sentimento de prosperidade (57%) maior que o da Inglaterra (54%), França (42%), Espanha (34%) e Portugal (14%), esses dois últimos amargando enorme crise econômica.

Só 19 países têm índices superiores a 50% da população com sentimento de prosperidade, enquanto 67 apresentam índices inferiores a 25%.

Algo me diz que a grande mídia brasileira - Globo à frente - guardará eloquente silêncio quanto ao assunto.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

OLD MAGAZINE


TIME, 17.04.1978.

Saul Steinberg. Romênia, 1914, EUA, 1999. Cartunista e ilustrador, consagrado por seu trabalho divulgado em várias publicações, notadamente na revista The New Yorker.

SAÚDE DO BOLSO

TRÍPLICE FLAGELO


Saiba a diferença entre oxi, crack e cocaína

Drogas têm o mesmo princípio ativo e são usadas da mesma forma.

Diferença está no que é usado para transformar a cocaína em pedra.

O oxi é cada vez mais um problema de saúde pública no Brasil. A droga chegou ao país em meados da última década pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Agora, há registro de mortes no Piauí e a ameaça de que ela atinja o Sudeste. A Fundação Oswaldo Cruz já prepara um mapeamento da droga no território nacional.

A droga é derivada da planta coca, assim como a cocaína e o crack. Há diferenças, contudo, no modo de preparo. Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a cocaína.

“A pasta base é como a rapadura e a cocaína é como o açúcar”, compara Marta Jezierski, médica psiquiátrica e diretora do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), ligado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

O crack e o oxi são feitos a partir dos restos do refino da cocaína. As três drogas possuem, portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do funcionamento do corpo como um todo.

A diferença da cocaína para as outras duas está no que os especialistas chamam de “via de administração”.

Enquanto a primeira é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de pedra. Isso muda a forma como o corpo lida com a dose.

O pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, que tem nervos aflorados, responsáveis pelo olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea. O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais intenso que o da cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado.

“Quando menor a duração do efeito, mais viciante é uma substância”, afirma Jezierski.

“Se você usa uma que dá um 'barato' de 48 horas, você não precisa de outra dose tão cedo, mas se usa uma que dá um barato de 15 minutos e, em seguida, te dá depressão, vai querer outra dose”, explica a psiquiatra.

A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos – e atingir um número maior de usuários –, leva querosene e cal virgem.

Querosene e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack – no qual o que é realmente nocivo é o princípio ativo da droga.

“A hipocrisia do suicídio é bem menor”, conclui Jezierski sobre o oxi, em relação ao crack.

Fonte: G1.

DITADURA DOS CARTEIS


Por Mariosan, em O Popular (GO).

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PALAVRINHA FULA (II)


"Bullying" contra Governistas e Oposição

Por Francisco Magalhães

DNA e FOCAR ainda estão fortes, mas BULLYING está encorpando, ganhando forças para subir na passarela como a palavra-fashion, digo, palavra da moda.

Ela é usada para tudo e por todos: operários e executivos, policiais e batedores de carteira, machões e travestis, militantes e alienados, jogadores de futebol e torcedores, alunos e professores, eleitores e políticos...

Na política made in Piauí, ela é utilizada tanto pelos governistas quantos pela oposição.

Quando viu o lançamento do portal Promessômetro, onde serão cobradas as promessas feitas pela administração estadual, o líder do governo disparou:

- Isso pode ser considerado bullying contra o palácio de Karnak, afirmou o deputado estadual Kléber Eulálio.

Ao tomar conhecimento de que os partidários de Wilson Martins iriam lançar o portal Amnésia mostrando as obras não realizadas pelos tucanos na prefeitura de Teresina, a reação foi ligeiro bala:

- É bullying ideológico!, atirou Firmino Filho.

Ela é usada até para justificar a votação de projetos de lei na Câmara Municipal de Teresina.

- Estão fazendo bullying contra mim por defender a liberdade de quem fuma, afirma o vereador Edson Melo.

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Coluna Porteira - http://www.cidadeverde.com/porteira/
 
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Bullying. Eu cismei com essa palavrinha. Um gerúndio designando um infinitivo. Bullying... por que não BULIR? Tá no Aurélio: acepção "7. Provocar, mexer: 'o ancião aparecia possesso, gaguejando, sem saber o que falar. Já sabíamos por quê - os meninos da rua haviam bulido com ele'".
 
Mas, sei, bulir, vão dizer, soa menos sofisticado do que bullying...

OS PICLES



Para Carlos Slim, Eike Batista não passa de uns zeros à direita.


O essencial é invisível aos olhos vulgares.


O seminário sobre obesidade foi um fiasco: metade da população brasileira saiu de fininho.


Comprou uma autoridade impoluta e foi dormir impunemente.


Em um minuto deu o recado completo sobre burocracia. Era, de fato, um sujeito despachado.


Em Brasília, promotora pilhada em corrupção virou kamikaze: "Sou promotora, tora, tora, tora!"


Tão saco de pancadas que se sentia uma reles resolução da ONU.


Zona de exclusão de Fukushima pode; agora, exclusão total da energia nuclear, que é bom...

HILLARY EXPLICA


"Nós apoiamos a revolta do povo contra os regimes que nós apoiamos."

VIVA O FORRÓ PÉ DE SERRA


Chico César reafirma: não vai patrocinar ‘forró de plástico’; motivo é financeiro e de preservação cultural

O secretário , de Cultura do Estado da Paraíba, o cantor e compositor Chico César, reafirmou, (...) na noite de segunda-feira (18), que o Estado não vai financiar as chamadas bandas de ‘Forró de Plástico’ – bandas que estão longe do característico forró pé de serra. “O estado não vai pagar estilos que não tenham a ver com a herança direta de Jackson do Pandeiro, Sivuca ou Luiz Gonzaga. O dinheiro é pouco e a Secretaria pretende pactuar com os municípios que investirem na cultura nordestina, paraibana, popular e que tragam o forró de pé de serra (para as festas)”, argumenta.

O secretário revelou que a decisão de não financiar ‘forró de plástico’ é especificamente para o São João. “Estamos falando num tipo de música, num tipo de festa. Estamos falando de São João. É algo pontual para esse momento”, frisa.

Segundo o secretário, a música comercial já toca no rádio, nas casas noturnas e em outras festas durante todo o ano. “Na época do São João o estado pretende pactuar com quem valorizar a música nordestina de raiz”, pontua.

Além do pouco dinheiro para investir, Chico César, explica que o Estado pretende reservar a cultura da região. “É um investimento num plantio da nossa cultura, porque essa cultura tem sido desprezada, escamoteada, tratada com indiferença e o estado tem que chamar a atenção. Essas coisas que já são vistas e ouvidas não precisam do estado. Nós não queremos proibir, mas se alguém quiser fazer que pague do seu próprio bolso. Nós queremos lutar por um espaço da arte nordestina, paraibana, nessa festa que é a festa mais bonita que o povo da Paraíba mais gosta que é a festa de São João”, entende.

Questionado se pode voltar a atrás da decisão, o secretário explicou que quem toma as decisões de despesas é o governador Ricardo Coutinho (PSB). “Tudo passa pelo filtro dele, mas eu me sinto muito afinado com o governador e com os grupos que o levaram ao poder”, ressalta.

Chico César lembrou ainda que o governo foi eleito com o intuito de mudar e propor novas políticas culturais. “Muitas vezes a política nem passa por essa coisa de paga ou não paga, mas por que tipo de pactuação se faz. Queremos colaborar, queremos participar dessa festa que na verdade quem faz são os municípios, agora se quem faz são os municípios e de alguma forma vai sair algo do pouco dinheiro dos cofres do Estado. Então nós queremos ajudar na conceituação”, finalizou. (Fonte: blog de Luis Nassif)

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Na foto, o trio Forró do Zé Pacheco, um dos animadores do maior festival de forró do mundo, realizado em Campina Grande, a Rainha da Borborema.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

CHARGE DE DUKE

A ANTIPROCISSÃO


"Queremos uma procissão sim, porque a palavra procissão não é exclusiva do Catolicismo. E vamos continuar combatendo a hipocrisia e o fundamentalismo".


(Luis Veja, presidente da Associação Madrilenha de Ateus e Livres Pensadores, proibida pela Justiça de Madri de reaizar - amanhã, 21 de abril - procissão antirreligiosa organizada por seis instituições laicas espanholas. As críticas dos laicos se concentram especialmente na intervenção do Vaticano em assuntos políticos como a liberdade religiosa, leis de aborto e casamento gay, além dos escândalos de pedofilia dentro da Igreja - e, evidentemente, dos 'ecos' da 'Santa' Inquisição).

OLD PHOTO


O ex-Beatle Paul McCartney transformou em livro algumas fotos tiradas pela fotógrafa Linda McCartney, com quem esteve casado entre 1969 e 1998, quando ela morreu. Esta foto mostra os Beatles em 1968. (Foto: Linda McCartney/Livro 'Life in Photographs')

terça-feira, 19 de abril de 2011

CAMPEÕES DO WORLD PRESS CARTOON



Do blog do Nilton:  Satirizando um dos temas mais quentes de 2010, com o cartoon «Wikileaks and Uncle Sam», o artista australiano David Rowe conquistou o Grand Prix da sétima edição do World Press Cartoon. Publicada em Dezembro de 2010 no jornal australiano «The Sun-Herald», a obra de Rowe alcançou o primeiro lugar na categoria de Cartoon Editorial e foi considerada a grande vencedora desta edição. Em Desenho de Humor, o grande vencedor foi o brasileiro Samuca, cujo cartoon «Pedofilia» foi publicado no Diario de Pernambuco, de Recife.

http://niltonstudio.blogspot.com/

NOSSO VELHO, NOSSO AMIGO


Entre 1961 e 1998, Roberto Carlos lançou um disco inédito por ano. Vendeu algo em torno de 130 milhões de cópias, com recordes sucessivos, incluindo gravações em espanhol e inglês. Fez milhares de shows em centenas de cidades, no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores de todo o mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade tornou-o conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei. Em 2010, durante premiação no Radio City Music Hall, em Nova York, o então presidente da Sony Music, Richard Sanders, intitulou-o Rei da Música Latina.

Foram décadas de primazia nas paradas - no País e em particular no Piauí. O Programa Joel Silva, na Rádio Pioneira de Teresina, mostrava diariamente as músicas campeãs, e o velho Roberto quase sempre encabeçava o ranking. Ainda hoje recordo os sucessos do Rei e os seus 'oponentes', aqueles que de quando em vez o superavam - mas não vou citá-los, visto que este espaço é privativo do aniversariante.

Foram muitas emoções, bicho. Gracias - e parabéns.

DIÁLOGO DESABILITADO


- Soube da barbeiragem do Aécio Neves?

- Dirigir com carteria de habilitação vencida e recusar o bafômetro? Soube sim.

- Estão dizendo que pode ter havido armação.

- Armação? Como assim?

- Sim, cara. A turma do Serra já havia armado outras contra ele. Lembra o rolo na época da escolha do candidato do PSDB à presidência? Queimaram o cara.

- E a carteira vencida, foi armação?

- Aí, não. A ideia era só o bafômetro.

- Vai ver, faltou aquele teu parceiro mineiro pra dirigir o carro.

- Parceiro? Que parceiro?

- Ubaldo, o Paranoico. 

PALAVRINHA FULA


BULLYING? QUE É ISSO, COMPANHEIRO?

Por Ailton Medeiros
 
Promotores da Infância e Juventude de São Paulo querem que o bullying seja considerado crime. Um anteprojeto de lei elaborado por eles prevê pena mínima de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

Quem não sofreu bullying que atire a primeira pedra. Até Ernest Hemingway, acreditem!

Na época da escola, havia um rapaz no time de futebol americano que batia no escritor todos os dias, durante dois anos. “Um dia eu cresci, dei-lhe uma temenda surra e ali encerrou-se a história”, confessa Hemingway em ”A boa vida”.

Isso não impediu que escritores bocós descrevessem a infância do autor de “Paris é uma festa” como um período infeliz e que isso teria motivado toda a sua atividade literária.

“Meu Deus, quando olho para minha infância não tenho lembrança de ter tido sequer um dia infeliz”, disse certa vez o escritor.

A propósito, em “Flanando em Paris”, Carlinhos Oliveira conta que Hemingway acordou em Madrid, um dia qualquer, e viu dois homens que o olhavam respeitosamente. O diálogo foi mais ou menos assim:

- Quem são vocês?

- Nós somos o repórter e o fotógrafo que telefonamos a você ontem à noite, marcando uma entrevista. Você combinou que ia chegar bêbado. E que nós poderíamos pegar a chave e entrar no seu quarto, e que então nós ficaríamos esperando que você acordasse. E é isso que estamos fazendo.

- Oh! – disse Hemingway. – Estamos em Madrid?

- Justamente.

- Em que dia do mês?

- Quatro de julho de 1952.

- Em que dia da semana?

- Terça-feira.

- Oh! Então vamos tomar um uisque imediatamente!

E imaginar que este homem sofreu bullying na infância!

DIA DO ÍNDIO



O cartum ao alto é de Bello, do jornal Tribuna de Minas, o do cavalo de Tróia é de Waldez, de O Liberal, de Belém. Os índios são todos do Brasil.

ESTADO ABSTÊMIO


"O Estado não deve ser um distribuidor de cachaça", diz deputado.

Jesus Rodrigues (PT-PI) apresentou projeto de lei que proíbe bebidas alcoólicas em eventos oficiais, além de vetar a compra desses produtos com dinheiro público

 Bebidas alcoólicas nas dependências dos governos municipais, estaduais e federal podem estar com os dias contados, se depender de um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados. Segundo o autor da medida, o deputado Jesus Rodrigues (PT-PI), nem mesmo recepções e jantares poderiam ter bebidas oferecidas aos convidados. Isso porque, segundo ele, o Estado deve servir de exemplo para evitar o consumo de álcool.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Rodrigues defende que a proibição deve ser estendida à compra desses produtos com dinheiro público. O autor da proposta explica que decidiu escrever o texto após fazer um debate entre dependentes químicos e alcoólatras. E que constatou que o álcool causa males, ainda mais por ser, segundo ele, uma droga lícita e com o consumo incentivado pela sociedade. "Espero que a sociedade comece a colocar o álcool no mesmo patamar que o cigarro. Para que também tenha sua publicidade mais restrita", declarou.

O deputado sugere que, no lugar do álcool, as repartições públicas comecem a oferecer bebidas típicas em solenidades, como sucos de frutas de todas as regiões do Brasil. Questionado a respeito do valor cultural de bebidas típicas como a cachaça ou o drinque mais famoso que usa o destilado de cana-de-açúcar como ingrediente – a caipirinha –, Jesus Rodrigues defende que o Estado não adquira a bebida, nem para sua divulgação. "O Estado não deve ser um distribuidor de cachaça", pontuou.

Diferentes governos brasileiros lutaram em organismos internacionais de patentes para registrar que o termo "cachaça" só pudesse ser aplicado ao destilado de cana produzido no Brasil. A medida foi alcançada na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) em 2003, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (...).

Jesus Rodrigues afirma gostar de bebidas como cerveja e vinho, mas bebe apenas socialmente. E explica: "Quando fui diretor do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Piauí, vivi a fase da implantação da lei seca e percebi o quanto a bebida era danosa à saúde e pude perceber a porcentagem de acidentes de trânsito que eram causados pelo consumo de álcool", destaca. (Fonte: ContextoLivre).

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Ponderações sóbrias: como será que os estados chileno e francês tratam seu vinho? E qual o tratamento que o estado russo oferece à vodca? Pô, deputado, nem mesmo uma única caipirinha? Afinal, convém ter sempre em mente a máxima infalível: "Tudo o que é demais é demasiado." 

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Ilustração: exemplo de antianúncio de aguardente de cana (como 'vender' um produto estampando no rótulo, em letras garrafais, o day after).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

MOSTRANDO O PIAUÍ


Da Coluna Porteira:

Filme mostra manifestações culturais do Piauí

O cineasta Walter Carvalho vai realizar um filme sobre as tradições dos nove Estados nordestinos.

No Piauí serão ressaltadas quatro manifestações culturais:

o bumba-meu-boi Imperador da Ilha (bairro Poti Velho, em Teresina), o Samba de Cumbuca (comunidade de Salinas, em Campinas do Piauí), as Congadas de Oeiras e o Baião-Balandê de Monsenhor Gil.

O título da película será “Nordeste de Suassuna”. E tera roteiro do escritor pernambucano Ariano Suassuna.

ÚLTIMA CEIA NA VÉSPERA?


Pesquisador afirma que Última Ceia ocorreu em uma quarta-feira

Um professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirma em um livro que a Última Ceia, a última refeição realizada por Jesus Cristo com seus doze apóstolos, ocorreu na quarta-feira anterior à sua Crucificação e não na quinta-feira, como vinha se acreditando até agora.

O professor Colin Humphreys afirma que os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas usaram um calendário mais antigo do que o de João, causando discrepâncias sobre a data da refeição.

Ainda segundo o acadêmico, Jesus não poderia ter sido preso, interrogado e julgado em apenas uma noite.

Enquanto Mateus, Marcos e Lucas afirmam que a Última Ceia coincidiu com o início do Pessach (Páscoa Judaica), João escreveu que ela ocorreu antes desta data.

"Isto tem confundido estudiosos da Bíblia por séculos. Na verdade, alguém disse que este era ‘o assunto mais espinhoso’ no Novo Testamento", disse o professor à BBC.

Humphreys publicou o livro The Mystery Of The Last Supper (em tradução livre, “O Mistério da Última Ceia”), no qual utiliza pesquisas bíblicas, históricas e até astronômicas para apresentar o que considera "inconsistências fundamentais" sobre o evento.

"Se você olhar para todos os eventos registrados no Evangelho - entre a Última Ceia e a Crucificação - existe um grande número deles. É impossível encaixá-los todos entre a noite de quinta-feira e a manhã de sexta-feira", afirmou.

"Mas eu descobri que dois calendários diferentes foram usados. Na verdade, os quatro Evangelhos concordam perfeitamente".

Ele sugere que Mateus, Marcos e Lucas usaram um calendário antiquado - adaptado do que era utilizado no Egito nos tempos de Moisés - em vez do calendário lunar que era largamente adotado pelos judeus em sua época.

"No Evangelho de João, ele está correto ao dizer que a Última Ceia ocorreu antes da refeição do Pessach, mas Jesus optou por fazer a sua Última Ceia como uma refeição de Pessach de acordo com um calendário judeu mais antigo", afirma o professor.

Com isto, Humphreys sustenta que a Ceia teria ocorrido em 1º de abril de 33, de acordo com o Calendário Juliano utilizado pelos historiadores.

O professor, que é especializado em metalurgia e materiais, acredita que a sua hipótese pode servir como argumento para fixar a Páscoa no primeiro domingo de abril. (Fonte: BBC Brasil).

Ilustração: Ninhol.

O SUFOCO DE PORTUGAL

PICLES LIBERTÁRIOS


A crítica foi feita para louvar o poder. É isso aí ou 'a crítica não foi feita para ser feita'.



LIBERDADE DE EXPRESSÃO, QUANTAS POSTURAS A FAVOR SE COMETEM EM TEU NOME!



Os elogios gratuitos, por mais que caprichados, estão abaixo da crítica.



O VAMPIRO DE CURITIBA SÓ GRITA 'SANGUE! SANGUE!' SE O ASSUNTO FOR FEDERAL. ESTADUAL? CAIXÃO.



Entreouvido no Paraná: 'Liberdade de expressão é quando o cidadão tem o direito inalienável de elogiar, aliado à prerrogativa de guardar silêncio quanto a qualquer crítica - a exemplo do que se vê em http://esmaelmorais.com.br/ .