quinta-feira, 21 de abril de 2011

PALAVRINHA FULA (II)


"Bullying" contra Governistas e Oposição

Por Francisco Magalhães

DNA e FOCAR ainda estão fortes, mas BULLYING está encorpando, ganhando forças para subir na passarela como a palavra-fashion, digo, palavra da moda.

Ela é usada para tudo e por todos: operários e executivos, policiais e batedores de carteira, machões e travestis, militantes e alienados, jogadores de futebol e torcedores, alunos e professores, eleitores e políticos...

Na política made in Piauí, ela é utilizada tanto pelos governistas quantos pela oposição.

Quando viu o lançamento do portal Promessômetro, onde serão cobradas as promessas feitas pela administração estadual, o líder do governo disparou:

- Isso pode ser considerado bullying contra o palácio de Karnak, afirmou o deputado estadual Kléber Eulálio.

Ao tomar conhecimento de que os partidários de Wilson Martins iriam lançar o portal Amnésia mostrando as obras não realizadas pelos tucanos na prefeitura de Teresina, a reação foi ligeiro bala:

- É bullying ideológico!, atirou Firmino Filho.

Ela é usada até para justificar a votação de projetos de lei na Câmara Municipal de Teresina.

- Estão fazendo bullying contra mim por defender a liberdade de quem fuma, afirma o vereador Edson Melo.

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Coluna Porteira - http://www.cidadeverde.com/porteira/
 
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Bullying. Eu cismei com essa palavrinha. Um gerúndio designando um infinitivo. Bullying... por que não BULIR? Tá no Aurélio: acepção "7. Provocar, mexer: 'o ancião aparecia possesso, gaguejando, sem saber o que falar. Já sabíamos por quê - os meninos da rua haviam bulido com ele'".
 
Mas, sei, bulir, vão dizer, soa menos sofisticado do que bullying...

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