sexta-feira, 5 de março de 2021
MUITO ALÉM DA COVID-19: ÁRABES SOFREM SEQUELAS DO CONFLITO IRÃ x ISRAEL
FUTEBOL X PANDEMIA: EC0S DO APELO DO TÉCNICO DO AMÉRICA MINEIRO
O agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil motivou o Ministério Público (MP) a elaborar uma nota técnica recomendando à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a suspensão das competições organizadas por ela. A informação é do site ge.globo.
quinta-feira, 4 de março de 2021
ELES DISSERAM E/OU CANTARAM
BRASIL DETECTA VARIANTE NORTE-AMERICANA DO CORONAVÍRUS
Segundo a revista Fórum, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou na terça-feira (2) o primeiro caso de reinfecção do coronavírus no estado. Trata-se de um médico de 29 anos de Sabará que teve diagnóstico positivo de covid-19 em maio de 2020 e, depois, em janeiro de 2021.
CARTA AO MENINO MALUQUINHO (PODE SER LIDA PELO ZIRALDO)
"Maluquinho do céu! Não irei reclamar se der com a panela na minha cabeça. Você comemorou 40 anos no final do ano passado e até agora não te mandei os parabéns. Vou nem falar que esqueci. Perdi o dia, depois a vida saiu me atropelando. Acontece, você sabe. Desculpa, camarada.
(De Página 5, colunista da Folha, matéria intitulada "Carta ao Menino Maluquinho [Pode Ser Lida Pelo Ziraldo]", publicada na edição de 01.03 - Aqui.
COVID-19: ECOS DE NERO E 'LIVES' DAS QUINTAS
SEGUE A OPRESSÃO EM MYANMAR
quarta-feira, 3 de março de 2021
LAVA JATO ESCONDEU GRAMPO QUE PROVAVA QUE LULA NÃO ERA DONO DO TRÍPLEX
"A lei Ricúpero (O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde) foi uma das inúmeras irregularidades da turma da Lava Jato - Moro, Dallagnol & CIA (com duplo sentido) - para condenar Lula ilegalmente e afastá-lo das eleições presidenciais e do jogo político.
Procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) conversaram, em 13 de setembro de 2016, sobre a inclusão de um trecho obtido por meio de uma interceptação telefônica de Mariuza Marques, funcionária da empreiteira OAS, encarregada da supervisão do edifício."Pessoal, especialmente Deltan [Dallagnol, coordenador da Lava Jato], temos que pensar bem se vamos utilizar esse diálogo da MARIUZA, objeto da interceptação. O diálogo pode encaixar na tese do LULA de que não quis o apartamento. Pode ser ruim para nós", escreveu o procurador Athayde Ribeiro Costa. [UOL]
ELES DISSERAM E/OU CANTARAM
LEWANDOWSKI REAFIRMA DIREITO À CRÍTICA E INOCENTA NASSIF
Por Marcelo Auler, em seu Blog
Em decisão na qual reafirma o direito de a imprensa ser crítica e, ao mesmo tempo, retira do Estado o poder de interferir no que dizem/escrevem jornalistas, o ministro Ricardo Lewandowski, em decisão proferira na segunda-feira (01/03), cassou o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo pelo qual Luís Nassif, do JornalGGN, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 30 mil ao Movimento Renovação Liberal/Movimento Brasil Livre (MBL).
Ao anular a decisão dos desembargadores do TJ-SP (processo nº 1038986-02.2020.8.26.0100), Lewandowski reafirmou aquilo que o Supremo Tribunal Federal (STF) repete desde que julgou, em abril de 2009, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130: a Constituição Cidadã de 1988 não admite qualquer tipo de censura à imprensa. Não impede também a crítica jornalística. Nem mesmo pelo judiciário.
Através da Reclamação (Rcl) 46.017, os advogados de Nassif – Aroldo Joaquim Camillo Filho, Vinícius Dino de Menezes, Marco Antônio Riechelmann Júnior e Alfredo Ermírio de Araújo Andrade – recorreram contra a decisão do tribunal paulista que modificou a sentença de primeira instância na qual Nassif, corretamente, foi inocentado.
O processo movido pelo MBL gira em torno de uma das primeiras reportagens que denunciaram a famigerada fundação que os operadores da Lava Jato de Curitiba pretendiam criar. Usariam percentagens das multas impostas à Odebrecht por autoridades suíças e norte-americanas, negociadas diretamente pelos procuradores da República de Curitiba, à revelia do Estado. A reportagem Com 2,5 bi em caixa, a Lava Jato se prepara para substituir o bolsonarismo foi editada em 5 de março de 2019.
Para juiz, não houve ofensa
Nassif apontou que a Lava Jato teria à sua disposição vultosos recursos próprios, não transparentes, que poderiam ser empregados de maneira ilícita, inclusive na arena da disputa política. Como alegaram seus advogados, “uma crítica, portanto, republicana, ínsita à atividade jornalística, concorde-se ou não com o seu teor”.
O comentário sobre o MBL, como alegou sua defesa, foi meramente “en passant”: “O Movimento Brasil Livre foi financiado com R$ 5 milhões, com a missão grandiosa de defender a iniciativa privada. Gerou um batalhão de candidatos políticos”.
Dizia respeito às verbas arrecadadas que permitiram ao movimento eleger parlamentares como o deputado federal Kim Kataguiri, o deputado estadual Arthur do Val “Mamãe Falei” e o vereador Fernando Holiday. Nada relacionado ao dinheiro da Lava Jato, até porque a fundação foi barrada por decisão do Supremo Tribunal Federal, a pedido da própria Procuradoria Geral da República.
Ainda assim, o MBL criando um discurso de “vítima”, alegou na ação contra Nassif que este “lhe imputou falsamente o recebimento ilícito de numerário público”; que a acusação foi de malversação de recursos públicos pelo Ministério Público Federal e de que “não se tratou de simples relato”.
Um discurso que não foi visto desta forma pelo juiz da 13ª Vara Cível de São Paulo, Luiz Antônio Carrer. Ao julgar a ação improcedente, ele refutou a absurda interpretação do MBL:
“o texto opinativo publicado pelo requerido não afirma que o Movimento Brasil Livre foi financiado pela Lava Jato, mas que a parte autora teve doações no total de R$ 5.000.000,00 para defender a iniciativa privada. Tal trecho não caracteriza qualquer ofensa ou dano à imagem da parte requerente, pois não há qualquer mácula na afirmação de que uma Associação Civil tenha recebido valores de pessoas que acreditam na causa defendida pela Instituição”.
Desembargadores fazem leitura enviesada
Já na 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde tramitou a apelação do MBL, o entendimento foi diferente. Seguindo o voto do relator, desembargador Francisco Loureiro, em 19 de novembro passado, com os votos dos desembargadores Christine Santini e Claudio Godoy, a sentença de primeira instância foi refeita.
Os desembargadores entenderam que Nassif deveria indenizar em R$ 30 mil o MBL por conta do comentário sobre o dinheiro arrecadado pelo movimento para lançar suas candidaturas. Interpretaram – erroneamente – que ele se referia a valores provenientes dos procuradores da Lava Jato. O relator entendeu que:
“A inserção de tal imputação no parágrafo abaixo das críticas à utilização dos recursos que comporiam o fundo criado pelos promotores de justiça da Operação Lava Jato é que não se mostra verídica e tem caráter ilícito. Está absolutamente claro que a ideia central do texto é sustentar que a quantia entregue pela Petrobrás S/A em virtude de acordo com o Ministério Público Federal será transferida sem licitação a entidades voltadas a um suposto projeto de poder dos promotores e juízes envolvidos com a Operação Lava Jato. É nesse contexto que, sem qualquer ressalva, o texto imputa à autora o recebimento ilícito de R$ 5 milhões. É claro que a voz passiva empregada no parágrafo, ao deixar indeterminado o agente, remete diretamente ao assunto principal do texto, qual seja, as doações ilícitas que seriam realizadas pela fundação ligada à Operação Lava Jato”.
Esta foi a decisão anulada liminarmente pelo ministro Lewandowski na Reclamação 46.017. (...).
(Para continuar a leitura, clique Aqui).
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Quando a supremacia da Constituição Federal necessita de despacho de seu Guardião para se impor, é porque as coisas vão de mal a pior, inclusive entre operadores do Direito.
Parabéns, Luis Nassif, por estar cumprindo o seu dever de criticar o que e a quem desejar - nos moldes que a Carta Magna prescreve, como é de seu estilo.
ENQUANTO ISSO, NO 2º SEMESTRE 2020: PLANEJAMENTO TÉCNICO-OPERACIONAL ANTI-C0VID-19
ECOS DAS RECENTES MEXIDAS NA PETROBRAS
Um Crime Foi Cometido Dentro Do Planalto: Onde Irão Esconder o Cadáver?
Por Luis Nassif, em seu Blog
A matéria de Malu Gaspar em O Globo é definitiva. (Ou clique Aqui).
Por aqui, já havíamos levantado a suspeita de insider trading (vazamento privilegiado de informações) no episódio da Petrobras, na matéria “O jogo previsível com as ações da Petrobras“. Jair Bolsonaro poderia ter trocado o presidente da Petrobras, poderia defender estratégias para impedir a dolarização dos preços internos. Mas o carnaval que aprontou, justo na véspera do vencimento de opções, não batia com suas extravagâncias habituais. Havia evidentes sinais de tentar interferir no mercado de opções, cujo vencimento se daria no primeiro dia útil.
Para quem não sabe, o mercado de opções é um jogo no qual um vendedor combina vender determinado lote de ações por um preço pré-determinado a um comprador. Ele não precisa possuir as ações. No vencimento, se o preço das ações no mercado à vista for superior ao preço combinado, o vendedor paga a diferença. Se for inferior, o comprador paga a diferença.
Um carnaval, como o de Bolsonaro, na véspera do vencimento de opções, significava algo além da defesa dos caminhoneiros consumidores de diesel.
A matéria de Malu Gaspar mostra a seguinte cronologia:
- O preço das opções de Petrobras estava em R$ 26,50.
- Na 5a feira, a ação valia R$ 29,27 no mercado à vista. Só compraria a opção quem acreditasse que o papel cairia pelo menos 8% na 6a feira.
- Na 5a feira, às 16:45h, segundo a agenda oficial do Planalto, segundo Malu Gaspar, Jair Bolsonaro se reuniu com os Ministros Bento Albuquerque, das Minas e Energia, Paulo Guedes, da Economia, Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, além de Luiz Eduardo Ramos, Walter Braga e Augusto Heleno. Lá, decidiu pela saída intempestiva do presidente da Petrobras.
- 20 minutos depois, às 17:37, um investidor adquiriu 2,6 milhões de PETRBN265 (a opção da Petrobras). Nove minutos depois, comprou mais 1,4 milhão. Os 4 milhões de opções custaram R$ 160 mil. Até aquele momento, o maior lote vendido fora de 86,3 mil PETRBN265.
- Às 19 horas, em sua live semanal, Bolsonaro anunciou que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”, preparando o terreno para o desastre. Na 6a, as ações caíram 3%. Fechado o pregão, Bolsonaro anunciou a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim da Silva e Lima.
- Na 2a feira, as ações caíram 20,1%, de R$ 27,33 para R$ 21,77. Os R$ 160 mil aplicados em opções podem ter rendido R$ 18 milhões.
O crime de informação privilegiada é punido com pena de um a cinco anos e multa de até três vezes o valor conseguido. Foi a condenação imputada a Eike Baptista. Todos os indícios apontam que foi cometido dentro do Palácio do Planalto. Se o criminoso não confessar, a sombra da suspeição irá pairar sobre todas as pessoas presentes à reunião.
Não haverá tapete que permita esconder debaixo o cadáver.
Será fácil para a CVM apurar quem se beneficiou do insider. - (Fonte: Jornal GGN - Aqui).
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"Todos os indícios apontam que (o suposto crime) foi cometido dentro do Palácio do Planalto. Se o criminoso não confessar, a sombra da suspeição irá pairar sobre todas as pessoas presentes à reunião."
Questão gravíssima, a exigir apuração rigorosa. Este Blog Entende que seria de bom tom aproveitar a oportunidade para pedir ao TCU informações sobre a questão da aquisição, pelo BTG Pactual, de carteira de créditos do Banco do Brasil, sem licitação (primeira vez em que a liberalidade aconteceu), e que teria rendido monumental ganho ao feliz comprador: "Funcionários do BB Pedem Investigação Sobre Venda de Créditos de R$ 2,9 Bilhões Por R$ 371 Milhões Para o BTG Pactual" - Aqui -, publicado em 31 de julho do ano passado.
terça-feira, 2 de março de 2021
PESADELO
ELES DISSERAM E/OU CANTARAM
CIENTISTAS VEEM NAS ESTATINAS AÇÃO CONTRA CONSEQUÊNCIAS DA COVID-19
No 247/Sputnik - Pesquisadores, analisando os dados de pacientes internados, descobriram a ligação entre o uso de estatinas e a taxa de mortalidade hospitalar.
NÃO PODEMOS DEIXAR FAZER ÁGUA
OS BONNIE & CLYDE NEGROS
Por Carlos Alberto Mattos
À frente dessa saga familiar está a escritora, ativista e empreendedora social Fox Rich. Em fins dos anos 1990, ela e o marido Robert Richardson envolveram-se num assalto frustrado a banco, visando levantar fundos para abrir uma loja de roupas hip hop em Nova Orleans. Foram presos enquanto Fox estava grávida de gêmeos. Ficaram conhecidos como os "Black Bonnie and Clyde". Ela saiu em 2002, ele foi condenado a 60 anos. Fox passou, então, a dedicar-se a criar os filhos sem pai e lutar pela redução da pena do marido. Assim progrediu socialmente, carreando a experiência de sua igreja para palestras de motivação e denúncia do sistema penal americano, que considera uma extensão do jugo escravocrata sobre os negros. "O sucesso é a melhor vingança", insiste ela nos momentos em que precisa afastar o desânimo.
A diretora Garret Bradley criou um aparato cinematográfico baseado na intimidade e na emoção. O filme incorpora muitas cenas gravadas pela própria Fox ao longo dos 20 anos em que esperou pela libertação de Robert. Ela registrava cenas da família para um dia mostrar ao marido e cobrir o tempo que passaram sem ele (mantendo um boneco de papelão com a foto dele em tamanho natural dentro de casa). Desde os primeiros momentos, Fox nos conquista com seu carisma, sua inteligência e seu engajamento emocional nas falas que gravava para a posteridade familiar.
A palavra "time" designa não apenas tempo (ou sua passagem), mas também o cumprimento de uma pena. Através desses fragmentos domésticos – que lembram o cinema de Charles Burnett (Matador de Ovelhas) – testemunhamos o empenho de uma mulher poderosa em dar a volta por cima, encaminhar seus filhos para carreiras nobres e desenvolver seu próprio potencial, decerto herdado de uma mãe igualmente inspiradora. As mudanças na aparência sugerem um ideal, se não de embranquecimento, de inserção em modelos tidos como de "gente bem sucedida".
As imagens em preto e branco oscilam entre o realismo doméstico e o lirismo, este alimentado por uma trilha musical ora enternecedora, ora épica. Muito do envolvimento proporcionado pelo documentário vem de uma montagem criativa, que entrelaça os vários tempos não em ordem cronológica, mas de tonalidade e atmosfera. - (Boletim Carta Maior - Aqui).