terça-feira, 28 de outubro de 2014
A ENTREVISTA DE DILMA ROUSSEFF À TV RECORD
A primeira entrevista de Dilma
Por Fernando Brito
Muito melhor do que a dada ao Jornal Nacional, a entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal de Record, hoje, é reveladora do espírito da Presidenta.
Ela vai ouvir, esperando passar a histeria de uma direita que sentou na boca o gosto da vitória e se retorce de ódio.
E também de passar a ação dos espertalhões que manipularam o mercado acionário nos últimos 60 dias.
É claro que a situação econômica do país não é uma maravilha, como não é uma maravilha em parte alguma do mundo.
Só que nós temos vantagens que os outros não têm.
Um mar de petróleo, para começar.
Um potencial mercado consumidor onde a inclusão de um décimo da população nos direitos da cidadania moderna equivale a um país inteiro na Europa.
Dilma garantiu que não vai tocar no emprego e no consumo, a não ser para ampliá-los.
Não aceitou nem mesmo especulações sobre a linha de suas escolhas ministeriais.
E aí sangrou na veia da saúde, quando se falou em corrupção.
Não tem terceiro turno.
“Ganha quem conquista a maioria e foi isso que aconteceu: eu conquistei a maioria”.
Eu sou uma pessoa com uma trajetória política e uma integral dedicação à coisa pública. Jamais na minha vida houve uma única acusação. Eu não vou deixar que passadas as eleições esqueça-se as acusações.(…) Antes de quererem investigar, eu quero saber.
Lascou a crise hídrica em São Paulo no silêncio da imprensa.
E disse para todos o que significou o recado do eleitor a ela, na reeleição: “Olha, eu acho que você acertou numas coisas, mas você que tem de fazer mais”
"O Brasil vai ser um país que cuida de todos, mas em especial dos pobres, das mulheres, dos negros e dos jovens, que foram os grandes segmentos que emergiram nestes 12 anos”.
“Há uma ponte para fazermos isso. Qual é a ponte? É que todos nós queremos o melhor para o Brasil.”
Nós vamos defender esta ponte, contra quem quer um Brasil em ilhas.
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(Para ir à entrevista completa de Dilma Rousseff à Record, clique aqui).
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Na entrevista ao JN, ao responder a Bonner sobre o risco instabilidade em razão de investigações de casos de corrupção irem 'longe demais', alcançando gente proeminente, inclusive de partidos da situação, Dilma Rousseff ofereceu certamente a mais incisiva resposta sobre a questão corrupção: irá fundo, doa em quem doer, e mais: o eleitor de forma alguma aceitaria que se "agisse seletivamente", ou seja, que houvesse distinção entre mortais comuns e inimputáveis.
Em resumo: Quem for corrupto que se prepare.
Que Dilma se mantenha inflexível nessa postura.
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