A pantomima de Moro e do TRF4 com os e-mails de Marcelo Odebrecht
Por Luis Nassif
A pantomima em torno da delação da Odebrecht não para de criar fatos novos.
Ontem, os e-mails entregues por Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro vieram acompanhados das seguintes curiosidades:
- Foram apresentados na véspera do encerramento da ação, após a oitiva de todas as testemunhas.
- Foram entregues no mesmo dia em que o Tribunal Regional Federal da 4a. Região se negou a ouvir o advogado Rodrigo Tacla Durán, que afirmou à CPMI (da JBS) que pode demonstrar adulterações feitas nos documentos entregues pela Odebrecht na delação de seus executivos.
- Foi entregue na véspera do prazo para que a Polícia Federal conclua a perícia sobre os sistemas utilizados pela contabilidade paralela da Odebrecht.
- Vieram desacompanhados das vias eletrônicas. Apenas um pdf foi entregue. E aqui o fundamental. Nas propriedades do pdf consta que ele foi criado em 07/02/2018, mesma data em que, originariamente, a Polícia Federal deveria ter entregue o laudo sobre os sistemas de contabilidade paralela do grupo. - (AQUI).
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Independentemente de quaisquer poréns (até mesmo no que tange à impertinência processual, à vista da data em que apresentados), o JN tratou de, no mesmo dia do 'advento' dos 'novos' e-mails, dar ampla divulgação às novas 'provas'. Trata-se de mais uma 'novidade' deste caso emblemático, tantas vezes 'noticiado' pela grande mídia e somente esmiuçado por alguns segmentos da chamada blogosfera, como o Jornal GGN e o Diário do Centro do Mundo.
Mas a marcação cerrada sobre a questão de provas supostamente forjadas e artifícios afins relativamente ao caso Odebrecht e outros está vindo com até maior ênfase é do blog Duplo Expresso, editado por dois brasileiros, Wellington Calasans (na Suécia) e Romulus Maya (na Suíça). Tal blog, editado em país 'imunizado' contra interferências de quem quer que seja, vem sendo um verdadeiro tormento para os condutores da Lava Jato. A pantomima acima, de que trata Luis Nassif, já comparece por lá, en passant. Para conferir as análises de Wellington, Maya e parceiros diversos, tanto do Brasil como do exterior, clique AQUI ou AQUI.
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