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Jornais franceses repercutem proteção a Lula como Cidadão de Honra
"Estamos convencidos sobre as revelações do @theintercept, [dando conta] de que a investigação contra ele foi motivada por orientações políticas e manipulação da justiça”.
Parece de bom alvitre não levar tal sentença à consideração do douto senhor ministro Luis Roberto Barroso, por motivos para lá de notórios.
Jornais franceses repercutem proteção a Lula como Cidadão de Honra
Do Jornal GGN: Após a cidade de Paris reconhecer Lula como Cidadão de Honra da capital da França por, entre outros motivos, seus esforços em direitos e justiça sociais e por ter sido preso ilegalmente, o país repercutiu a homenagem nos jornais franceses. Destacaram ainda que a honraria não é um título, mas uma proteção a Lula.
“A cidade de Paris parabenizou o ex-presidente do Brasil pela redução das ‘desigualdades sociais e econômicas’ em seu país”, anunciou em matéria a televisão BFM TV. O jornal trouxe a fala da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que em comunicado reconheceu que Lula “permitiu que quase 30 milhões de brasileiros saíssem da extrema pobreza e acessassem direitos e serviços essenciais”.
“Lula demonstrou sua política proativa de luta contra a discriminação racial particularmente marcada no Brasil, e, diante de seu compromisso político, todos os defensores da democracia no Brasil foram igualmente atacados”, disse Hidalgo, ao se referir à prisão ilegal do ex-presidente, quando anunciou oficialmente o título concedido ao líder brasileiro.
O texto de autoria da agência de notícias francesa AFP (Agence France-Presse) foi reproduzido em diversos jornais por toda Paris e França, incluindo, além da televisão BFM, o L’Orient Le Jour e o prestigiado Le Figaro.
Os veículos ressaltaram também que Lula foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão e que “segue reivindicando sua inocência”, tendo “sempre afirmado ser vítima de uma estratégia política para o impedir de voltar ao poder, quando era o favorito das eleições presidenciais em outubro de 2018, que concedeu a vitória ao candidato de direita Jair Bolsonaro”.
“Este último [Bolsonaro, o atual presidente] fez do juiz Moro, que havia condenado Lula, seu ministro da Justiça”, completou a reportagem.
O portal La Règle Du Jeu introduziu que “ligado à defesa dos direitos humanos e ao livre exercício de funções eletivas, o Conselho de Paris concedeu a Cidadania de Honra de Paris a Lula em 3 de outubro de 2019”, em seu primeiro parágrafo, destacando que a sua prisão fez seu partido ter que mudar de candidato e o impediu de participar das eleições, dando a vitória ao atual presidente brasileiro.
“O Comitê de Direitos Humanos da ONU pediu às autoridades brasileiras que garantissem os direitos civis e políticos de Lula, incluindo o de ser candidato. Esse direito foi negado, apesar de inúmeros apelos de ex-Chefes de Estado europeus, parlamentares franceses e advogados internacionais denunciarem a inconsistência das evidências trazidas pela promotoria e as condições da detenção de Lula”, continuou o site.
A imprensa francesa também deu espaço às revelações do The Intercept sobre as ilegalidades da Operação Lava Jato e da condução do ex-juiz Sérgio Moro e atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro nos processos contra o ex-presidente.
Em suas redes sociais, o vereador de Paris Patrick Klugman esclareceu que a Cidadania de Honra “não é um título honorário, mas um título de proteção que atribuímos a Lula”. “Estamos convencidos sobre as revelações do @theintercept de que a investigação contra ele foi motivada por orientações políticas e manipulação da justiça”. - (Para continuar, clique Aqui).
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.Barroso critica uso de mensagens hackeadas em ações da Lava Jato:
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Independentemente de se tratar de produto de crime, vale lembrar que o Supremo está solicitando da PGR a realização de exame da fidedignidade das mensagens (até agora) divulgadas pelo The Intercept Brasil. Convém notar, não obstante, que vários órgãos de imprensa adiantaram haver realizado perícia e nada de irregular detectado nas mensagens que lhes foram repassadas pelo citado site.
Aliás, inicialmente os senhores Dallagnol e Moro afirmaram em nota que nada viam de grave nas revelações divulgadas. Depois é que, certamente orientados por outrem, passaram a questionar a autenticidade do conteúdo do dossiê.
Razão pela qual nos pareceria interessante o notável ministro se manifestar sobre a seguinte indagação: "Se as revelações até aqui divulgadas forem efetivamente verazes, qual sua avaliação sobre elas?".
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