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Celso de Mello nega HC que buscava bloquear, em favor de Moro, o site The Intercept
A intenção de um advogado era, através de um Habeas Corpus, bloquear o site The Intercept, agindo em favor do ministro da Justiça Sergio Moro. Queria também apreender todo o material veiculado. A intenção foi derrubada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido.
Procuram demonstrar indiferença ante The Intercept, mensageiro de revelações (demolidoras) sobre desmandos 'pretensamente' praticados pela Lava Jato. Ocorre que a cada revelação, ou pacote de revelações, os doutos se inquietam, se alarmam, se sentem mais nus em praça púbica, enfim, se desesperam diante das revelações já conhecidas e especialmente da incerteza sobre as que virão, pois 'sentem' que o Dossiê Intercept 'sabe' de particularidades escabrosas praticadas em verões passados, as quais poderão soterrar de vez suas imagens e pretensões. Nesse contexto, é de certa forma compreensível que tentem apelar para alternativas as mais, digamos, heterodoxas, para não dizer estapafúrdias.
A intenção de um advogado era, através de um Habeas Corpus, bloquear o site The Intercept, agindo em favor do ministro da Justiça Sergio Moro. Queria também apreender todo o material veiculado. A intenção foi derrubada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido.
O ministro julgou o pedido inviável, destacou que o advogado não tem vínculo profissional com Moro e, em casos como esse, o STF tem decidido que não se deve reconhecer pedido desautorizado pelo paciente.
“É público e notório que o Senhor Ministro Sergio Moro não constituiu como mandatário judicial o Senhor Arnaldo Saldanha Pires, ora impetrante”, afirmou o ministro.
Mesmo que o pedido fosse autorizado, o ministro concluiu que o HC seria inviável, pois que vai contra a vocação constitucional do Habeas Corpus, que é a tutela da liberdade de locomoção física dos indivíduos.
Disse ele que o HC tem a função de amparar a imediata liberdade de locomoção física das pessoas, e não se usa para qualquer outra finalidade, menos ainda ‘qualquer pretensão que vise a desconstituir atos que não se mostrem ofensivos, ainda que potencialmente, ao direito de ir, de vir e de permanecer das pessoas’.
O advogado agiu contra o Intercept pela publicação da série de reportagens que expõem, não só o ministro da Justiça Sergio Moro, como o procurador Deltan Dallagnol e outros personagens do Judiciário, que trocam mensagens para combinar atuação na operação Lava Jato.
Com informações do ConJur
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