segunda-feira, 25 de outubro de 2021

ACOPLADAS

"É o momento agora de nos organizarmos em serviços multidisciplinares para fazer face aos milhares de sequelados da doença, nos seus diversos graus de gravidade, para um longo processo de reabilitação”, diz a pesquisadora. 

- I -


No 247:
A Pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo destacou em sua coluna no jornal O Globo, que depois da vacinação contra a  Covid-19 e a comunidade científica internacional se debruçar sobre a origem do novo coronavírus, o Brasil precisa agora se preocupar com o pós-pandemia de Covid-19.

“No Brasil é o momento agora de nos organizarmos em serviços multidisciplinares para fazer face aos milhares de sequelados da doença, nos seus diversos graus de gravidade, para um longo processo de reabilitação”. 

A pesquisadora destaca que o impacto da Covid-19 em doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares, e em todos os tipos de câncer, ainda é desconhecido e merece atenção de toda a sociedade.  

“Serviços de referência com equipes qualificadas de médicos de diversas especialidades, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, como já iniciados em universidades como no Hospital das Clínicas em São Paulo, ou na Uerj, na cidade do Rio de Janeiro terão que acompanhar parte dos mais de 50% das pessoas que saem da doença com algum tipo de sequela a precisar de reabilitação”.  -  ("O apelo da pesquisadora Margareth Dalcomo, da Fiocruz, em prol dos sequelados pelo Coronavírus" - Aqui).

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Enquanto isso... 

Na transmissão da última 5ª, presidente leu uma suposta notícia que diz que vacinados contra a covid estão desenvolvendo aids...

- II -


No Poder 360:
O Facebook removeu, no domingo (24.out.2021), a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), transmitida ao vivo na última 5ª feira (21.out). No vídeo, o chefe do Executivo associou a vacina contra a covid-19 à aids. O conteúdo também foi excluído do Instagram.

Em 20 de março de 2020, um vídeo em que o presidente promove aglomeração já tinha sido banido. Mas essa  foi a 1ª vez que a live semanal de Bolsonaro foi excluída pela plataforma.

LIVE 
Na transmissão ao vivo de 5ª (21.out), Bolsonaro leu uma suposta notícia que diz que pessoas no Reino Unido “vacinadas [contra a covid-19] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [aids]”.

“Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”, disse o presidente.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) já negou a relação da vacina com a transmissão do vírus da aids e reforçou a necessidade dos portadores da doença se vacinarem contra a covid-19.

Na mesma transmissão, Bolsonaro sugeriu que o uso de máscaras de proteção contra a covid-19 por longos períodos, “sem higiene”, pode causar pneumonia e morte.

Segundo o chefe do Executivo, lendo um suposto artigo científico, a “maioria das vítimas de gripe espanhola” –em 1918 e 1919– não morreu da doença, mas sim de pneumonia bacteriana “causada pelo uso de máscara”.

(...)

Ele também defendeu o tratamento da covid-19 com o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a doença. “Vamos deixar o médico trabalhar, pessoal”.

INQUÉRITO DAS FAKE NEWS 
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento para que a CPI da Covid encaminhe o caso ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news.

O congressista afirma que “a democracia brasileira precisa urgentemente aprender a lidar com um PR [presidente da República] que comete crimes em série”.  -  ("Facebook remove live em que Bolsonaro associa vacina anticovid à Aids" - Aqui).

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Impressionante, inacreditável. 
Como diria o Luiz Fernando Veríssimo: "Pano rápido!"

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