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O médico francês Didier Raoult afirmou que “a necessidade de oxigenoterapia, transferência para UTI e óbito não diferiu significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina”
O médico francês Didier Raoult, responsável pelo estudo sobre a utilização da cloroquina no tratamento à Covid-19, voltou atrás de sua conclusão, em artigo publicado no International Journal of Antimicrobial Agents.
Didier informou que reavaliou os dados, diante de seis pacientes que haviam “sumido” dos estudos, e ressaltou que a hidroxicloroquina não funcionou.
“A necessidade de oxigenoterapia, transferência para UTI e óbito não diferiu significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina (HCQ) com ou sem azitromicina (AZ) e nos controles com tratamento padrão apenas”, afirmou.
A substância ainda é defendida pelo governo brasileiro, que estocou uma quantidade absurda do remédio e está buscando empurrá-lo para a população - mesmo que o usuário possa ter problemas cardíacos. - (Aqui).
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Há meses, a Ciência já havia derrubado esse delírio de iluminados (vide publicações respeitadas, como Science e Lancet). Os negacionistas não deram bola. Eis que agora o próprio 'inspirador' da maluquice volta atrás.
O que tem a dizer a Associação Médica Brasileira, inacreditavelmente omissa ante às manifestações de afiliados seus e de autoridades governamentais a favor da cloroquina? O que vai fazer agora o Tribunal de Contas da União, que quer saber quem autorizou as Forças Armadas a gastar cifra monumental com a fabricação de comprimidos de cloroquina e que agora, diante da pilha inútil do produto encalhado, não tem o que dizer, já que precisa 'preservar' o nome da autoridade-mor? Vai ou não vai agir na forma devida, TCU?
E pensar que na conflagrada Manaus, uma semana antes do colapso da falta de oxigênio, o ministro Pazuello, a despeito de alertado do drama em perspectiva, cuidou mesmo foi de convocar profissionais da saúde para pregar as virtudes do "tratamento precoce", todo ele centrado na cloroquina!
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