Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.
Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.
Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.
E tudo isso em apenas 10% dos 740 gigabytes de dados que registram as mensagens obtidas pelo hacker Walter Delgatti Neto e em parte divulgadas pelo The Intercept.
Os documentos foram obtidos um dia antes de tudo ser colocado sob “absoluto” segredo de Justiça, o que é incompreensível, pois não há investigações em curso que possam ser prejudicadas, não se trata de intimidades de Moro e dos procuradores, mas de diálogos relativos às suas funções públicas e é assunto, pela sua repercussão política, sobre o qual cada brasileiro tem o direito de estar informado: afinal, foi algo que levou à prisão, por 580 dias, um presidente desta república.
Por serem provas obtidas de maneira ilegal, além do mais, não se cuida de dar ao ex-juiz e aos procuradores punição por seus atos ilegais, mas tão somente fazer com que eles parem de produzir efeitos sobre terceiros, porque praticados ilegalmente e em desrespeito ao princípio constitucional de que todos possam ser julgados com imparcialidade.
E esta abjeção é a maior das corrupções, porque, além de negociar a liberdade de indivíduos, pode levar às mais tenebrosas transações, todas acobertadas pelo “sigilo” e “privacidade” a que não tem direito quem exerce função pública. - (Fonte - Tijolaço - Aqui).
................
"E assim segue a poderosa Lava Jato curitibana, encarando fortemente a todos os que ousarem conceder Justiça ao ex-presidente. Considerando os apoiadores incondicionais com que conta no Judiciário (e arredores!), em especial no plenário do Supremo, não será estranhável que suas manobras sejam coonestadas. Resta saber o que o ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do STF e que, segundo anuncia, proximamente concluirá o julgamento de pedido de suspeição do ínclito ex-juiz Sérgio Moro, está achando desses acontecimentos."
(Comentário deste Blog relativamente ao post "Lava Jato Quer Contestar Acesso de Lula a Mensagens Raqueadas" - Aqui -, publicado em 26.01.21).
Nenhum comentário:
Postar um comentário