sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

MORO E DALLAGNOL, AS PROVAS DA PROMISCUIDADE EM CURITIBA

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"Já não há mais explicações ou justificativas para que se adie o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro nos processos contra Lula, tanto quanto já há muitas provas de que ele mancomunou-se ao Ministério Público para conduzir um julgamento que já tinha um resultado pronto antes de começar."
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Este Blog está tratando pela enésima vez das acrobacias dos iluminados da Lava Jato Curitiba no sentido de se desvencilhar das fundadas suspeitas de parcialidade no julgamento dos processos relacionados ao ex-presidente Lula. Razão por que nos permitimos transcrever, ao final, o comentário feito na mais recente das inúmeras matérias aqui publicadas sobre o assunto.
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Por Fernando Brito

Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.

Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.

Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.

Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.

E tudo isso em apenas 10% dos 740 gigabytes de dados que registram as mensagens obtidas pelo hacker Walter Delgatti Neto e em parte divulgadas pelo The Intercept.

Os documentos foram obtidos um dia antes de tudo ser colocado sob “absoluto” segredo de Justiça, o que é incompreensível, pois não há investigações em curso que possam ser prejudicadas, não se trata de intimidades de Moro e dos procuradores, mas de diálogos relativos às suas funções públicas e é assunto, pela sua repercussão política, sobre o qual cada brasileiro tem o direito de estar informado: afinal, foi algo que levou à prisão, por 580 dias, um presidente desta república.

Por serem provas obtidas de maneira ilegal, além do mais, não se cuida de dar ao ex-juiz e aos procuradores punição por seus atos ilegais, mas tão somente fazer com que eles parem de produzir efeitos sobre terceiros, porque praticados ilegalmente e em desrespeito ao princípio constitucional de que todos possam ser julgados com imparcialidade.

Já não há mais explicações ou justificativas para que se adie o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro nos processos contra Lula, tanto quanto já há muitas provas de que ele mancomunou-se ao Ministério Público para conduzir um julgamento que já tinha um resultado pronto antes de começar.

 É impossível que o STF se mantenha silente, do contrário, cada juiz do Brasil se sentirá livre para “combinar” resultados de processos com promotores, combinando os passos até pelo zap e transformando os autos judiciais em simples cenários destes conchavos.

E esta abjeção é a maior das corrupções, porque, além de negociar a liberdade de indivíduos, pode levar às mais tenebrosas transações, todas acobertadas pelo “sigilo” e “privacidade” a que não tem direito quem exerce função pública.  -  (Fonte - Tijolaço - Aqui).

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"E assim segue a poderosa Lava Jato curitibana, encarando fortemente a todos os que ousarem conceder Justiça ao ex-presidente. Considerando os apoiadores incondicionais com que conta no Judiciário (e arredores!), em especial no plenário do Supremo, não será estranhável que suas manobras sejam coonestadas. Resta saber o que o ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do STF e que, segundo anuncia, proximamente concluirá o julgamento de pedido de suspeição do ínclito ex-juiz Sérgio Moro, está achando desses acontecimentos."

(Comentário deste Blog relativamente ao post "Lava Jato Quer Contestar Acesso de Lula a Mensagens Raqueadas"  -  Aqui -, publicado em 26.01.21).

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