"Logo após sua posse como presidenta do Supremo Tribunal Federal, a ministra Carmen Lúcia, numa
entrevista, disse, a respeito de seus pares no STF:
'Os ministros não são autistas, são todos cidadãos que querem a jurisdição prestada e prestada com rapidez'.
O comentário infeliz e preconceituoso pegou muito mal, ao contrapor autistas a cidadãos.
A ministra tentou desfazer o mal-estar provocado por sua declaração infeliz emitindo a seguinte uma nota sobre o assunto:
Assim como acontece com pessoas flagradas em racismo, que alegam ter amigo ou familiar negro como prova de que não seriam racistas, a ministra alega ter um parente autista.
Na nota, a ministra diz que não teve intenção de ofender ou desqualificar os autistas com a comparação.
Falta explicar então qual o sentido da comparação e como ele não seria ofensivo ou desqualificante."
(De Antonio Mello, em seu blog, post intitulado "Presidenta do STF, ministra Cármen Lúcia diz que não teve intenção pejorativa ao usar a palavra 'autista'. Qual foi a intenção, então?".
A despeito da 'justificativa', vale dizer que a ministra formulou expresso pedido de desculpas, atitude não muito corriqueira nesses tempos amargos).
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