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Ninguém é perfeito. O Lula tem seus defeitos, como qualquer mortal comum. Mas o cartunista se equivocou - ele e, ao que consta, 'n' observadores país afora - ao ligar ao aspecto popularidade a frase "Só perco para Jesus", dita pelo ex-presidente em seu recente pronunciamento. Como (felizmente) acompanhei tudo pela TVT, posso afirmar que restou claríssimo que a relação estabelecida diz respeito não a popularidade, mas a perseguição. Ou alguém desconhece o furor persecutório a que Lula está há tempos a ser submetido?
No mesmo pronunciamento, aliás, Lula opinou no sentido de que a classe política está sujeita, de tempos em tempos, ao julgamento dos eleitores, que podem punir com a derrota os responsáveis por ilicitudes - ao contrário de servidores públicos, que estudam, são aprovados, assumem e estão garantidos. Se Lula se equivocou, terá sido por generalizar a abordagem, visto que nem todos os que praticam atos questionáveis 'passam batido'. Mas, no geral, a crítica de Lula foi pertinente. Afinal, "O funcionário público não ganha asas angelicais por passar num concurso público", como está dito - AQUI - por Fábio Kerche, jornalista e doutor em Ciência Política, no artigo "Políticos e funcionários públicos".
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