Janeiro de 1999: a recusa de Lula à antecipação da eleição presidencial, na crise do Brasil de FHC
Do Jornal GGN
Em janeiro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enfrentava os ataques da oposição em função da crise econômica que assolava o País à época, Lula, então presidente de honra do PT, contrariou o próprio partido e pregou respeito ao resultado das urnas.
"Lula voltou a sugerir a realização de um grande debate nacional com o objetivo de discutir soluções para a crise. Mas disse que a oposição só aceita conversar com FHC se o governo admitir que pode mudar o rumo de sua política econômica", publicou a Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, o PT, na figura de Tarso Genro, cobrava a renúncia de FHC e a convocação de novas eleições como saída para a crise. Lula disse ao jornal que era contrário à medida, pois FHC tinha "20 e poucos dias de mandato" e não era correto achar que toda vez que um governante começa com o pé esquerdo ou tem graves dificuldades de gestão, a solução é a troca imediata. "Se eu achar que, porque as coisas vão ruins, o presidente tem de renunciar, daqui a pouco vai ter gente defendendo a renúncia dos governadores do PT", comentou.
Também atravessando crise econômica - e política - após a reeleição, a presidente Dilma tem sido alvo de ataques do PSDB de Aécio Neves, que tem ajudado a convocar protestos anti-PT, como o do próximo domingo (16), para pedir a renúncia da petista e a realização de um novo pleito. A iniciativa do grupo de Aécio não é unanimidade dentro do PSDB. A ala que apoia a candidatura de Geraldo Alckmin, por exemplo, prefere aguardar que a tempestade passe naturalmente e pavimentar uma candidatura pela via democrática até 2018.
O GGN reproduz a matéria sobre a postura de Lula em 1999 na íntegra - AQUI.
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O Estado Democrático de Direito requer o respeito às regras do jogo. O inconformismo, a ânsia pelo poder e a insatisfação não podem prevalecer sobre a Lei.
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