.
"Há uma mobilização gigantesca na máquina de comunicação bolsonarista", aponta o professor
O professor João Cezar de Castro Rocha, especialista no tema da guerra cultural e da retórica do ódio bolsonarista, fez um alerta importante, em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247 (confira Aqui). "Podemos ter um outubro sangrento no Brasil", afirma. Segundo ele, há uma mobilização gigantesca na máquina de comunicação bolsonarista e a base que apoia Jair Bolsonaro está se mobilizando para uma guerra.
Na entrevista, Castro Rocha exibiu vários vídeos que já estão circulando nas redes bolsonaristas e disse que o "mito" depende da "facada" e da "ressurreição" de Bolsonaro. "Ele tenta criar a imagem do libertador da nação contra a ditadura do Supremo Tribunal Federal", afirma. "A finalidade de Bolsonaro é desacreditar as eleições antes que elas ocorram", acrescenta.
O professor também defende a criação de mecanismos de combate às fake news e ao discurso de ódio. "Nenhuma democracia sobreviverá sem algum tipo de controle das plataformas digitais", diz ele. "Esta produção de instabilidade política está sendo monetizada e Bolsonaro autorizou um esgoto social a se tornar protagonista", afirma. "O bolsonarismo ataca a imprensa, a cultura e a universidade e tenta criar deliberadamente dissonância cognitiva. Neste processo, a mídia amiga chancela essa desinformação. Ao fim e ao cabo, a midiosfera bolsonarista cria uma realidade paralela", pontua. - (Aqui).
................
Praticando competentemente o jornalismo investigativo, Patrícia Campos Mello, no entender de muitos, demonstrou - em uma série de matérias na Folha de S.Paulo - que as fake news constituíram fator determinante para a vitória do Presidente em 2018. No entender de muitos, como dito, mas ao que parece não no do TSE. O ministro Alexandre de Moraes disse então que, 'daquela vez' passava, mas tal prática não poderia se repetir.
Um velho axioma pontua: A lei não socorre aos que dormem.
O Ministro Luiz Edson Fachin, atual presidente do TSE, agiu assertivamente ao antever o que ocorre. A ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário