'Prêmios' milionários na esteira de acordos que em certos casos pareceram merecer aspas (desenhando: "acordos"), tal a nebulosidade das circunstâncias à época informadas pela imprensa; 'acordos' curiosos com empresas poderosas - como o da Petrobras sob Pedro Parente com instâncias no Norte, que mobilizou R$ 10 BILHÕES!; indícios fortes de direcionamento de causídicos; 'criação' de uma inacreditável 'entidade privada', com recursos correspondentes a 60% do orçamento anual da PGR - veja aqui -, fruto de "acordo" firmado entre procuradores da Lava Jato e instâncias do Norte/Petrobras, com o beneplácito da juíza Gabriela Hardt (??!!), tudo comandado pelo procurador-chefe da operação (??!!), que pessoalmente deliberava com determinado banco sobre a aplicação da dinheirama, excrescência felizmente sustada pelo Supremo a pedido da PGR Raquel Dodge (ora considerada persona non grata pela classe, condição, diga-se, em que o Supremo já se encontrava, e agora mais ainda). Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Faz sentido a crítica de um ministro do Supremo, consistente em que 'a operação virou um bom negócio', como lembra aqui a jornalista Niobe Cunha.
EM TEMPO: Em princípio, todas as iniciativas no sentido de combater a corrupção são meritórias e bem vindas. Mas ninguém, em nome desse combate, pode prevalecer sobre as leis e os direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Portanto, o fato de se criticar, por exemplo, conduções coercitivas flagrantemente ilegais ou delações arrancadas a fórceps, ou, ainda, iniciativas absurdas como a criação da 'ONG do Dallagnol', não significa estar contra a Lava Jato, mas estar a favor da Constituição Federal. Combater a corrupção, sim, coonestar atos inconstitucionais, nem pensar.
EM TEMPO: Em princípio, todas as iniciativas no sentido de combater a corrupção são meritórias e bem vindas. Mas ninguém, em nome desse combate, pode prevalecer sobre as leis e os direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Portanto, o fato de se criticar, por exemplo, conduções coercitivas flagrantemente ilegais ou delações arrancadas a fórceps, ou, ainda, iniciativas absurdas como a criação da 'ONG do Dallagnol', não significa estar contra a Lava Jato, mas estar a favor da Constituição Federal. Combater a corrupção, sim, coonestar atos inconstitucionais, nem pensar.
(GGN).
Agência Pública já mapeou os "herdeiros da velha elite estatal" na Lava Jato
Do GGN: Em maio de 2018, a Agência Pública, em matéria de Amanda Audi, já traçara o perfil social da força-tarefa da Lava Jato. Entrevista com o professor de sociologia, Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná, aponta que os integrantes da Lava Jato – incluindo aí os magistrados, procuradores e advogados – atuam em uma espécie de circuito ‘fechado’ que funciona em ‘rede’.
O professor realizou pesquisa sobre a ‘República do Nepotismo’, utilizando a técnica de prosopografia (biografia coletiva de determinado grupo social ou político) para demonstrar que pessoas como Sergio Moro, Deltan Dallagnol e advogados ligados às delações são herdeiros de figuras do Judiciário e da política paranaenses.
Em sua entrevista, o professor Ricardo Oliveira diz que são velhos conhecidos, às vezes desde a infância, com pais que se conheciam, vida em comum. Ou seja, a mesma bolha, com as mesmas opiniões e gostos políticos e ideológicos. E todos conectados com a indústria advocatícia.
No estudo, o professor comprova que não existem, no grupo, emergentes ou pessoas novas, quiçá renovadoras, pois que no Paraná tais bolhas mostram que são todos herdeiros de uma velha elite estatal.
E não é só parentesco como também relações matrimoniais, de amizade e de sociabilidade. Junte-se a isso o corporativismo. E se forma, então, um grande circuito formativo ideológico de convivência. Sergio Moro, por exemplo, é filho de um professor universitário e tem um primo desembargador. Para o professor, tais teias formam um sistema pré-moderno, que não funciona através de regras impessoais ou de aspectos técnicos, mas com muito poder pessoal.
Na ponta de lá, Sergio Moro tem a esposa, Rosângela Maria Wolff Quadros, que é advogada. Ela vem da família Macedo, genealogia importante, que tem atores nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do empresariado. Nesse clã encontram-se figuras como Rafael Greca de Macedo, Beto Richa, empresários e desembargadores do Tribunal de Justiça, a conhecida ‘Macedônia’.
A esposa de Moro é advogada com relações com a Apae e daí cria-se uma conexão direta com a família Arns. Flávio Arns e o sobrinho advogado Marlus Arns. A relação foi concretizada com as Apaes, mas Marlus é advogado de muitos acusados da Lava Jato nas delações premiadas, defendendo inclusive Eduardo Cunha. E entra aqui a ligação com Carlos Zucolotto, as propostas feitas a Rodrigo Tacla Duran, e as relações expostas dos advogados da Lava Jato com operadores.
Leia a matéria completa, relembrando, na Agência Pública, clicando aqui.
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