Lava Jato concorre a prêmio de 100 mil dólares e enfrenta protestos no Canadá
Da Agência Brasil
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba, já desembarcou no Canadá para representar a operação em uma premiação que pode render 100 mil dólares canadenses à força-tarefa. Cientes dos abusos praticados pelos investigadores e juiz Sergio Moro no Brasil, estudantes e juristas estão se mobilizando para impedir que Dallagnol saia vitorioso da Universidade da British Columbia (UBC), em Vancouver.
A premiação - um dos maiores eventos do mundo para reconhecer o combate à corrupção, diz o Estadão - ocorre na próxima quinta (28) e, ao lado da Lava Jato, disputam duas mulheres: "Khadija Ismayilova, uma jornalista do Azerbaijão que foi presa por fazer denúncias do presidente do seu país, e a advogada egípcia Azza Soliman, cofundadora do Centro para Assistência Legal das Mulheres Egípcias (CEWLA), que também chegou a ser detida em função do seu trabalho."
Segundo o jornal, "a comunidade acadêmica local tem se mobilizado e enviado cartas para a comissão organizadora do prêmio, a diretoria da Faculdade de Direito e a reitoria da UBC para contestar a indicação da força-tarefa da Lava Jato como um dos finalistas."
O Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia, integrado por Eugênio Aragão, também enviou cartas à universidade.
Todos defendem que "a Lava Jato não segue os princípios do Estado Democrático de Direito, cometeu uma série de abusos considerados ilegais e inconstitucionais nos últimos anos e por isso não merece receber a honraria."
Ainda de acordo com o Estadão desta terça (26), Dallagnol não quer comentar os protestos. - (Aqui).
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Algo nos está a dizer que as pertinentes críticas dirigidas à Lava Jato não se limitam à, digamos, área dos mortais comuns, queremos dizer, aqueles 'paisanos' que não integram o MP e certos setores do Judiciário. O ex-PGR Janot, que se orgulhava por permitir que as 'feras' da OPV agissem a seu completo arbítrio, sempre comparecia a eventos que visassem à louvação da citada operação, especialmente se eles acontecessem nos EUA.
E quanto à senhora Dodge?... (Atente para as reticências...).
NOTA: Falamos acima em ''paisanos' que não integram o MP e certos setores do Judiciário", mas, e quanto a setores (quase todos) da imprensa, nenhuma palavra? Claro que não! Vejamos como ela se comporta:
A equipe da GloboNews criou um discurso para rebater a apresentação de "provas de inocência" de Lula feita pelos advogados do ex-presidente na noite de segunda-feira (25). O argumento é baseado do que criminalistas chamam de "inversão do ônus da provas" e pede que Lula prove sua inocência mostrando o "caminho do dinheiro" de suas contas até o proprietário do imóvel que alugou um apartamento à dona Marisa, em São Bernardo do Campo, porque só os recibos não bastam.
O problema dessa narrativa da GloboNews é que, dentro do Estado de Direito, cabe ao Ministério Público Federal fazer a prova da culpa de um réu, e não à defesa produzir prova de inocência. Mas como trata-se da Lava Jato em Curitiba, a emissora decidiu reinventar as regras. (...)"
(Para continuar, clique AQUI).
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