quarta-feira, 27 de setembro de 2017
UMA IMPRESSÃO IMPERTINENTE
Em 19 de maio de 2016, publicamos o seguinte post, de nossa lavra:
"UMA INDAGAÇÃO IMPERTINENTE
Indagação desprovida de lógica, mas que não deixa de despertar, mesmo que remotamente, certa dúvida adicional nesse emaranhado surrealístico em que se converteu o País:
."Considerando que o senador cassado Delcídio do Amaral exerceu no governo FHC, em 2000 e 2001, o cargo de diretor de Gás e Energia da Petrobras, quando trabalhou com os notórios Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, conforme se vê AQUI, não poderia ele - preocupado ante a possibilidade de que Cerveró revelasse em delação premiada (delação que, segundo a imprensa, estava prestes a sair) graves maracutaias perpetradas em sociedade com ele, Delcídio -, ter armado o esquema que, desmascarado, o ex-senador, como se viu, tratou de jogar no colo de Lula, saída que, sabia Delcídio, seria simpaticamente recebida?"
(Nota: Cerveró, antes mesmo da anunciada delação, já havia dado conta do recebimento, naqueles anos, de propina no monumental valor de US$ 100 milhões - isso mesmo: cem milhões de dólares! -, segundo relatou o G1, aqui. O perigo, pois, era real e iminente...)." - (Clique AQUI).
....
Meses depois, a armação de Delcídio começou a ser desmontada. Confirmando nossa 'indagação impertinente', as acusações contra Lula não passavam de cascata, invencionices (inócuos depoimentos desprovidos de provas, como costuma dizer o ministro Marco Aurélio Mello), o que culminou no post "Da série o lado oposto dos pesos e medidas" - AQUI. -, do último dia 3. Como de praxe, a imprensa, que no início do imbróglio alardeara a plenos pulmões as 'colaborações' de Delcídio, praticamente silenciou ante o desfecho (desta parte) do caso.
Pois bem, ontem li o post "Até quando vamos acreditar na autoproclamação do homem mais honesto do país?" - AQUI - onde está exposto o inteiro teor da carta dirigida pelo senhor Antonio Palocci ao Partido dos Trabalhadores.
Presentes os termos, a estrutura e o estilo da missiva, permitimo-nos arriscar não uma "indagação desprovida de lógica, mas que não deixa de despertar, mesmo que remotamente, certa dúvida adicional nesse emaranhado surrealístico em que se converteu o Pais", mas uma mera, singela impressão:
A missiva parece ter sido 'trabalhada', meticulosamente revisada - inclusive no que tange à qualidade gramatical -, enfim, 'escrita' a quatro mãos, ou mais. Mera, singela impressão, cumpre repetir.
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