O perdão ao aborto e ah, esse Papa Francisco!
Por Matê da Luz
Não sou católica (...), mas acompanho com entusiasmo e sorriso nos olhos a trajetória deste Papa Francisco, que tem traduzido o que a religiosidade - aquela parte da religião que realmente importa - intimamente apresenta, que há de ser a evolução por meio do amor.
Ao anunciar o perdão católico às mulheres que abortaram, Francisco parece dizer ao mundo que o livre-arbítrio, fator-base das chamadas novas religiões, começa a ser percebido como relevante e deve ser respeitado. Assim, o perdão atua como olhar contemporâneo e que, tomara, atinja níveis morais mais elevados nos seguidores fervorosos (e muitas vezes preconceituosos) da religião antiga.
Escrevo isto eu mesma com bastante cuidado para não imprimir pré-conceitos - falar de religião é sempre sensível, tanto quanto falar de futebol e política, já diz o ditado.
Ouvi dizer por aí que este Papa jamais chegará ao final do mandato, tamanha a contemporaneidade de suas decisões, que acabam por despastorizar ovelhas presas por pregações rasas. Torço para que não, é claro, mas enxergo certo fundamento no comentário.
Fica a esperança de que mais esta decisão do Papa vigente traga à superfície uma renovação de valores, de pensamentos e atitudes dos radicais de Deus, que andam pregando um tanto de tudo (ainda mais nas redes sociais, socorro!), quase nada de amor.
Viva Francisco, de novo e de novo. (Fonte: aqui).
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O Papa, em verdade, não 'decidiu'; opinou sabiamente. Como diz um leitor - católico - da 'fonte' acima, "Para o Papa o aborto continua sendo um erro (e eu concordo que é um erro, e grave), mas tal como todos os outros pecados, merece ser perdoado. O Papa colocou em prática a palavra de Cristo 'aquele que nunca pecou que atire a primeira pedra', no que está corretíssimo. Sou católico e nunca me senti tão bem representado por um Papa como sou por esse. Esse homem está sendo um bem para a humanidade."
Muitos dos demais comentários merecem leitura.
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