Uma tática criminosa: PSDB e Veja atacam a democracia
Por Sérgio Medeiros
No inicio houve o reconhecimento da derrota, e foram dados parabéns à legitimamente eleita Dilma Rousseff.
Bastou, entretanto, não ter havido trégua na investigação e na procura de responsabilidades, em razão do verdadeiro crime eleitoral perpetrado pela Veja, cristalizado no malogrado golpe que esta protagonizou nos três dias anteriores e no dia da eleição, para que o referido partido, prestes a ser desmascarado em seu conluio com a malfadada revista, passasse a incidir em novo golpe eleitoral – na realidade, mero desdobramento daquele.
Neste momento, colocam em prática manobras destinadas a criar um contrassenso para barrar ou, ao menos tirar o foco, das apurações destes crimes eleitorais que envolvem a Veja e o PSDB.
Assim, o PSDB passou a fazer acusações de que teria havido fraude na apuração dos votos e, subliminarmente, tenta apontar que tal crime teria sido praticado pelo PT e por Dilma, isso em total descompasso com os fatos narrados à exaustão sobre quem efetivamente (com base em fatos concretos) tentou fraudar a eleição.
Ressalto, todos ficaram sabendo (pelas redes sociais ou até mesmo de forma despudorada pela grande mídia) a forma como se deram as manobras do PSDB nesta eleição – a farsa da Veja, a manipulação das pesquisas Sensus e Veritá, as fotos de seus militantes com cópias da capa da Veja, fotos estas que correram o país através da grande mídia (efetivamente golpista).
Na verdade, esta nova tentativa de distorcer a realidade, trata-se de uma tática espúria e destinada a proteger os culpados por tais atos, e que somente viceja porque tem o apoio de seus cúmplices na grande mídia.
Tanto é verdade, que o fato, crime eleitoral da Veja, foi imediatamente substituído na mídia pelas acusações sem qualquer nexo ou suporte na realidade, da existência de fraude na apuração- aliás, como expressamente mencionado pelo Ministro João Otávio de Noronha do TSE.
Da mesma forma, a malfadada revista, em sua nova edição, adota a mesma tática, de acusações e de ofensiva contra o governo, numa clara tentativa de tentar encobrir suas mentiras e fraudes.
E, novamente, grande parte do PT e da mídia independente está caindo no conto do vigário, e ai estão a contrapor os argumentos falaciosos e mentirosos do PSDB, que busca apenas encobrir a perfídia com que se comportou nesta eleição, manipulando pesquisas, apoiando o golpe da Veja, e tentando se colocar como vitima, enquanto, na verdade, pode-se considerar como sendo coautor e beneficiário de todos estes desmandos e arranjos escusos, usados para tentar fraudar a eleição em seu favor.
Observem a manobra em seu alcance nacional, em sua estruturação na grande mídia - a retirada do ar da investigação ou mesmo da análise do crime praticado pela Veja e, em certa medida, também pelo PSDB – crime este, de tal dimensão – que atenta contra a Constituição Federal, pois atinge seu pilar fundamental, a liberdade de manifestação, pois tenta viciar e macular sordidamente o livre ato de votar.
Isso, a Veja e o PSDB atentaram contra a liberdade de todos nós, cidadãos brasileiros, até mesmo contra a liberdade de quem votou em Aécio, pois votou de forma viciosa e enganado por sua propaganda falsa.
Se alguém se proclama livre e a favor da democracia, por honestidade e decência tem que apoiar a investigação plena do episódio protagonizado pela Veja, pela Globo e pelo PSDB.
Se são inocentes, se são honestos, que a investigação corrobore tal afirmação, mas que não se tente fazer como agora, impedir de forma espúria que se procure esclarecer e definir os culpados por este atentado contra a democracia brasileira. (Fonte: aqui).
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Enquanto Veja conta com a inestimável ajuda do PSDB para desvencilhar-se da responsabilização em face da fraude praticada, Jânio de Freitas revela - aqui - que o crime eleitoral perpetrado pelos envolvidos é ainda mais grave do que se julgava de início.
A despeito das tentativas diversionistas levadas a efeito em pontos diversos do país, espera-se que a Justiça adote as medidas determinadas em lei visando à punição exemplar, se for o caso, desses experts em esperteza. (O bom da Democracia, entre outras particularidades, é que os inconformados, a exemplo dos demais cidadãos, desfrutam do direito de ir às ruas externar suas ideias - mesmo que na mais decadente deselegância).
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