domingo, 23 de novembro de 2014

VEJA TENTA VOLTAR À CARGA


A notória revista Veja praticou ilícito de extrema gravidade na véspera da eleição presidencial 2014 e permaneceu impassível, mantendo cara de paisagem, certamente pela convicção de que sua atitude produziria como punição máxima um pífio direito de resposta em seu site, como se viu.

Eis que agora, do alto de sua credibilidade e isenção, retorna com 'denúncia' quanto a possível omissão do governo federal relativamente aos escândalos envolvendo a Petrobras, o que já foi prontamente contestado por quem de direito. A propósito, veja aqui e aqui,

NOTA: Perguntinha básica:

Se os vários empreendimentos da Petrobras tivessem sido paralisados cinco, dez, ou até mesmo um ano atrás, o que teria acontecido?

Resposta:

a) prejuízos incalculáveis para o Brasil, em face, entre outros, da deterioração das obras civis, equipamentos e materiais diversos, desemprego em massa e comprometimento de estratégias;

b) incerteza quanto à punição das pessoas físicas (diretores, gerentes etc) envolvidas, uma vez que as acusações se baseariam em indícios (detectados pelo TCU e outros órgãos de controle), o que ensejaria boa margem de defesa, assegurando - ao menos a parte delas - prolongar ad infinitum os processos judiciais e administrativos;

c) certeza da impunidade das pessoas jurídicas corruptas, uma vez que tais agentes só ficaram sujeitos a punição com o advento da Lei nº 12.846/13 (baseada no projeto de lei 6.826/10, elaborado no governo Lula), sancionada em dezembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. A Operação Lava Jato, portanto, deflagrada em março passado, desenvolveu-se em perfeita sintonia com as circunstâncias. Com efeito, executivos dirigentes de construtoras estão trancafiados, suas empresas terão de pagar pesadíssimas multas, orçamentos certamente serão revistos, além de eles próprios se disporem a devolver verdadeiras fortunas ao erário, em troca de leniência.
Tudo isso, sem a Lei 12.846, ficaria no terreno da ficção, e a tal realidade os doutos luminares da oposição, inclusive Veja, por mais que estrebuchem, têm de se render.

Nenhum comentário: