De acordo com ela, ao analisar os números relativos de mortes, e não totais, o Brasil seria o 47º país em mortes pela pandemia. “É que em números relativos e números absolutos a diferença é muito grande. Nós estamos em 47º lugar”, acrescentou Lindôra. Segundo a subprocuradora, o Brasil é um país enorme, com 220 milhões de habitantes, e “estão politizando o Covid”.
“Eu queria que, além de tudo, a gente ficasse com pesar e chorasse pelos mortos, mas não colocássemos o Brasil como o pior país do mundo. Pensem que estamos em 47º lugar. Somos um país enorme, com 220 milhões de habitantes que estão politizando o Covid”, afirmou a subprocuradora.
As afirmações da subprocuradora foram feitas durante a sessão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta-feira (7/4). A discussão sobre Covid-19 surgiu no colegiado após os ministros prestarem condolências ao ex-ministro Paulo Medina, vítima do vírus no dia 3/4. Lindora Araújo é considerada uma das principais opções de substituição, no futuro, do atual procurador-geral da República, Augusto Aras.
Solução Divina
Os comentários da subprocuradora foram acompanhados por um discurso do presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, que afirmou que “a pandemia será vencida, mas com a misericórdia divina”. O magistrado é visto como um dos cotados a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Martins acrescentou que toda a população mundial está sofrendo com o mesmo vírus e, diante deste cenário, “só cabe uma coisa a fazer: dar as mãos, orar e pedir a Deus”.
“Não podemos deixar de pedir misericórdia a Deus e que com Sua palavra acabe a pandemia”, afirmou o ministro. Para ele, a população vive um momento difícil, mas “Deus está no comando de todas as coisas”.
“Temos que ter fé, amor, esperança e marchemos unidos, de mãos dadas, com fé e oração. Vamos vencer essa pandemia, passar por esse momento de lágrimas e ansiedade, porque Deus é um Deus de poder e a Sua palavra tem muita força”, concluiu o ministro. - (Fonte: Poder 360 - Aqui).
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O Brasil simplesmente descartou, em agosto do ano passado, oferta de 70 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 formulada por empresa idônea (houve uma segunda, de outra empresa, poucos meses depois, igualmente recusada); atualmente, não fosse o Butantan, "de João Dória", o País, cujo desempenho em vacinação populacional - de pouco mais de 10% - é pífio, estaria praticamente de mãos atadas (o Butantan, responde hoje por algo em torno de 80% da cobertura vacinal nacional). De outra parte, cerca de 1.200 entre 3.169 municípios pesquisados (o Brasil conta com 5.570) informam que são grandes as ameaças de desabastecimento de medicamentos para intubação (sem contar a escassez de oxigênio em muitos deles), etc, etc. Fica difícil, em decorrência, sustentar que vem sendo eficiente e eficaz a performance do País no combate ao coronavírus - razão pela qual este Blog entende ser pertinente a determinação do ministro Barroso consistente em que se instaure a CPI da pandemia requerida por senadores e que o presidente Rodrigo Pacheco vinha 'segurando' (valendo dizer que sondagem informal do ministro revelou que o pleno do Supremo ratificará sua decisão).
No mais, cumpre enfatizar a ânsia incontida do ministro-presidente do STJ, do PGR e do AGU em serem alçados à condição de ministro do STF (o ministro Marco Aurélio Mello se aposenta em julho), e da subprocuradora acima referida, que almeja ser laureada com o cargo de PGR. A perspectiva de promoção pode produzir efeitos notáveis!
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