terça-feira, 18 de agosto de 2020

ANULOU-SE APENAS O ANEXO DA DELAÇÃO DE PALOCCI QUE INCRIMINAVA O BTG

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"O relato (de que cuida o anexo) é totalmente inverossímil. Mas outros relatos inverossímeis foram aceitos."
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Comentário deste Blog
Mas este Blog se permite fazer a seguinte observação: o relato tratado pelo anexo foi considerado inaproveitável pelo delegado federal encarregado de seu exame: para ele, os fatos delatados poderiam ter sido colhidos em jornais, por exemplo. Logo, pode-se dizer que o contido em todos os anexos é igualmente inaproveitável, pois não se tem notícia da apresentação de provas concretas por Palocci. Assim, estabeleça-se analogia - ou paralelo - com a Doutrina dos Frutos da Árvore Envenenada, descrita como "metáfora legal que faz comunicar o vício da ilicitude da prova obtida com violação a regra de direito material a todas as demais provas produzidas a partir daquela. Aqui tais provas são tidas como ilícitas por derivação" - Aqui).   

                          (Palocci e André Esteves)

Por Luis Nassif

Nos governos Lula, o grande elo do Banco Pactual era Antonio Palocci. Creditava-se a Palocci a extraordinária capacidade do Pactual acertar todas as taxas dos leilões do Banco Central. Assim como coube a Palocci as pressões para o CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) resolver um problema fiscal que atrapalha (atrapalhava) a tentativa de aquisição da Goldman Sachs Brasil. É um capítulo que merece ser contado – e que contarei algum dia.
Por isso mesmo, não se veja a volta à normalidade legal o trabalho da Polícia Federal desacreditando um dos anexos da delação de Palocci – apenas aquele que menciona expressamente as supostas relações do BTG com Lula.
O relato é totalmente inverossímil. Mas outros relatos inverossímeis foram aceitos. Não se conhece o teor dos demais anexos, mas tenho para mim que a anulação desse anexo se deve muito mais à influência inquestionável do BTG em todos os níveis da República. Lula foi beneficiado, mas por tabela.
Atualmente, o BTG Pactual é o maior poder da República, completamente blindado na mídia, no Tribunal de Contas do Município e na Justiça.  -  (Aqui).

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