Mesmo com uma delação inconsistente, vazada às vésperas das eleições presidenciais de 2018, Antonio Palocci obteve a liberdade e o direito a ficar com R$ 30 milhões
"Passados mais de dois anos desde que o ex-ministro Antonio Palocci assinou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, é possível constatar que o único beneficiado pelo trato foi ele próprio", diz editorial da Folha desta terça-feira, publicado após a constatação feita pela Polícia Federal de que a delação de Palocci contra o ex-presidente Lula, vazada às vésperas da eleição presidencial de 2018, não fica de pé.
"Os advogados de Palocci dizem que ele cumpriu sua parte ao contar o que sabia e dar pistas à PF —e que ele não pode ser responsabilizado pelo insucesso das investigações"
"Quando tudo estiver terminado, caberá à Justiça reavaliar os benefícios concedidos ao ex-ministro e o que ele fez para merecê-los", aponta ainda o texto.
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Convém pagar para ver.
.Ao que consta, a delação fajuta foi rejeitada pelos procuradores, por inconsistente, fajuta como já dito.
.Mas a ânsia em descartar Lula/PT teria falado mais alto: logo se inventou (com respaldo do Supremo) que a Polícia Federal também poderia celebrar acordos de delação. A PF cuidou de embarcar nas 'denúncias' do sr Palocci.
.O TRF-4 homologou(!!) a delação, mas, ao enviar o processo para a 13ª vara curitibana, determinou que providências adicionais somente poderiam ser levadas a efeito após a apresentação, pelo delator, de provas que respaldassem suas acusações.
.O juiz do feito desprezou a determinação.
.O resto é História.
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DELAÇÃO DE PALOCCI FOI LIXO DIVULGADO ASTUCIOSAMENTE POR MORO, DIZ ELIO GASPARI
O jornalista Elio Gaspari comenta nesta quarta-feira, em sua coluna, a delação falsa de Antônio Palocci, divulgada seis dias antes das eleições presidenciais pelo ex-juiz Sergio Moro para prejudicar a candidatura de Fernando Haddad e eleger Jair Bolsonaro, de quem Moro foi ministro.
"De nada serviram as advertências. O caos prosperou e a colaboração de Palocci, com suas 86 páginas, foi astuciosamente divulgada pelo juiz Sergio Moro dias antes do primeiro turno da eleição de 2018", afirma Gaspari.
"Sua colaboração, liberada durante a campanha eleitoral pelo juiz que desafortunadamente viria a aceitar o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro, caminha para ser o que sempre foi: uma ardilosa construção para tirá-lo da carceragem de Curitiba", afirma ainda o jornalista. - (Aqui).
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