domingo, 18 de agosto de 2019

UM ARGUMENTO INDIGESTO


"Imaginem uma situação inversa: o juiz Moro troca mensagens por aplicativos com a defesa de Lula, instrui a defesa, recomenda testemunhas e depois absolve o ex-presidente. Muitos meses depois, adversários políticos descobrem as mensagens (de modo ilegal, digamos) e as divulgam amplamente. Teria tido o peso de um 'cafezinho'?"





(De Marta Oliveira Ramalho, leitora do UOL, a propósito dos argumentos alinhados pelo advogado Luiz Carlos Dias Torres em entrevista publicada nesta data, sob o título "Conversa via Telegram é como cafezinho, não é ilegal, diz advogado sobre Moro" - AQUI -, na qual tenta limpar a barra do ex-juiz Moro e salvar a operação Lava Jato.

Aparentemente, o UOL deixou passar a oportunidade de lembrar ao entrevistado que, neste mundo conturbado, até os cafezinhos se revelam passíveis de falsificação.

Nota: A entrevista foi divulgada na esteira da matéria "Lava Jato driblou lei para ter acesso a dados da Receita" / 'Força-tarefa buscou informações sem requisição formal com o atual chefe do Coaf, Roberto Leonel' - aqui -. Para resumir: a esbórnia lavajatista foi generalizada)

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