sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A REPERCUSSÃO DO RESGATE DA CONSTITUIÇÃO


Com a criminalização do Abuso de Autoridade, o Parlamento brasileiro resgata a Constituição Federal. É o óbvio, mas essa obviedade não pode ser dita. Como assim? Simples:  Quantas vezes você ouviu falar em "Constituição Federal" na grande imprensa, nas últimas 48 horas? Quase nada, concorda? E nos últimos tempos, nos últimos anos? É como se a Carta Magna fosse persona non grata, como se o manual de jornalismo das empresas determinasse: "Evite-se, ao máximo, qualquer alusão à Constituição Federal."

Pois bem, na edição de ontem, 15, o principal jornal da grande emissora dedicou pelo menos 10 minutos à repercussão da aprovação do PL da criminalização do abuso. Nenhuma vez a Constituição Federal, principal beneficiada, mereceu alusão. Nem mesmo os ministros Gilmar Mendes (STF) e João Otávio de Noronha (presidente do STJ), que louvaram a medida, fizeram menção à Carta Magna (ou, se fizeram, suas falas foram suprimidas pela editoria). 

A grande emissora bem que poderia dar uma guinada em sua postura, passando a curvar-se, doravante, à supremacia da Constituição Federal.

Enquanto isso, a Lava Jato, campeã emérita em transgressões à Constituição, estrila contra o PL aprovado. Mais previsível, impossível. À espreita, o The Intercept Brasil observa.

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