quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

VENEZUELA: DIÁLOGO NEGOCIAL


"DIÁLOGO NEGOCIAL

- A Venezuela vai mal das pernas...

- O país, detentor de uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, se dá mal exatamente por depender das exportações de petróleo. Com as cotações em baixa há anos, já viu, né?

- Para completar, os bolivarianos não desapegam do poder...

- É, mas é bom ficar ciente: Maduro foi eleito legitimamente para seis anos de mandato.

- A oposição interna não quer saber, nem os oponentes externos. Não param de fustigar. Nós, ops!, eles não querem papo com a Venezuela!

- A Venezuela quase não conseguiu entrar no Mercosul. Após meses e meses de batalha, alcançou êxito, graças ao Brasil - que a aceitou após pressionado por empresários brasileiros, que pretendiam estreitar relações comerciais com aquele país, ampliando suas vendas. Com o recente descarte da Venezuela para presidir o Acordo, há até o risco de rompimento comercial. Diante dessa ameaça, como estarão se sentindo os empresários brasileiros, já às voltas com um baita sufoco interno?

- Bolas, isso não vem ao caso!"





(Post de nossa autoria, publicado em março de 2017 sob o título "Brasil versus Venezuela" - aqui -, quando julgávamos que eventual rompimento diplomático Brasil X Venezuela estaria descartado em razão de interesses geopolíticos estratégicos, à frente as transações comerciais. Falhamos redondamente, ao que se vê. 

Uma correção: A Venezuela não é simplesmente detentora de "uma das maiores reservas petrolíferas do mundo"; na verdade, passou a ser a número um, havendo desbancado a Arábia Saudita da liderança que ostentou por décadas. Reservas provadas de petróleo da Venezuela: 300 bilhões de barris! Os EUA, sequiosos, não se conformam com a recusa venezuelana em entregar suas riquezas a Tio Sam, tampouco veem como 'normal' o assédio de China e Rússia, líderes do [B]RICS, sobre aquele país e a América Latina. Daí a justeza da pergunta: A situação conflitiva observada naquele país teria algo a ver com o Departamento de Estado?

'Coincidentemene', no [B], 33% da produção do Pré-Sal já estão sob o domínio de empresas estrangeiras, enquanto estaleiros são implacavelmente sucateados/desativados).

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