sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

QUANDO SINÉ SAIU DO CHARLIE HEBDO

                  Siné, 86 anos, cartunista.

Charlie Hebdo demitiu cartunista por antissemitismo em 2009

Após pedido do editor, o cartunista Sine teria se recusado a pedir desculpas por ter associado judeus ao sucesso financeiro.
 
O cartunista Maurice Sinet, que assina sob o pseudônimo Sine, foi demitido da revista satírica "Charlie Hebdo" em 2009, por "incitação ao ódio racial"... Ele enfrentou acusações sobre uma coluna que causou mal-estar entre os intelectuais parisienses, culminando na sua demissão da revista.

O problema surgiu depois de rumores que o filho do ex-presidente francês, Sarkozy [filho de judeu] planejava se converter ao judaísmo. Sine, em sua coluna, publicou: "Este pequeno rapaz vai ter sucesso na vida". [Só essa observação 'light' bastou para a censura esmagá-lo]. Um comentarista político rebateu a coluna e acusou o chargista de publicar uma ligação preconceituosa sobre judeus e sucesso social. Quando o editor [judeu] da revista pediu que Sine apresentasse desculpas sobre o comentário, ele se recusou, resultando em sua demissão. Na época, [somente minúscula] parte da esquerda libertária defendeu Sine, alegando o direito à liberdade de expressão.


Siné respondeu a processo judicial sobre seus comentários. O filho do ex-presidente, à época, negou a conversão ao judaísmo. (Fonte: aqui).

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O cartunista Siné, ainda firme na ativa, edita o jornal Siné Mensal, cuja edição - especial - de 14 de janeiro manifesta solidariedade ao Charlie Hebdo. Não obstante a polêmica demissão de que foi vítima (afinal, cadê a absoluta liberdade de expressão?).

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O que pensa Julian Assange, do WikiLeaks, sobre o caso Charlie Hebdo?

Clique aqui para ler "Assange: 'O serviço secreto francês tem muitas perguntas para responder'".

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