Balanço de Pagamentos: registro contábil de todas as transações econômicas e financeiras de um determinado país com seus similares no mundo todo. É composto por duas contas principais, que são:
- conta corrente (ou transações correntes), composta pelo saldo da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais. É na conta corrente que são registradas as transferências de bens e serviços e as doações recebidas ou dadas sem existência de uma contrapartida.
- conta capital ou financeira, que se destina a agrupar os investimentos diretos (tanto os de autoria de brasileiros no exterior como os de estrangeiros no Brasil) e os investimentos em carteira (investimentos feitos em ações, aplicações no mercado financeiro, e similares).
Um resultado positivo do Balanço de Pagamentos equivale a um aumento das reservas internacionais, ou seja, um aumento dos dólares que entram em determinado país na forma de investimento direto, empréstimos, financiamentos e captações. Há a necessidade de se trocar estes dólares por reais nos bancos, para se fazer uso dos mesmos; os reais são injetados na economia e os dólares são retidos no Banco Central.
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Com base no post "ALARMISMO SEM BASE ALGUMA", de Diogo Costa, no jornal GGN - aqui -, alinhamos observações acerca da situação Brasil, que em 2013 apresentou déficit expressivo em transações correntes:
- Série histórica do Banco Central (1947-2013)
.Em 67 anos consecutivos da série histórica de transações correntes, segundo o próprio Banco Central, em apenas 12 oportunidades o Brasil apresentou superávit em transações correntes. Foi nos anos de 1950, 1964, 1965, 1984, 1988, 1989, 1992, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007.
.Em 82% dos 67 anos analisados (55 anos do total de 67) o Brasil teve déficit em transações correntes, de modo que os resultados atuais não constituem nenhuma novidade histórica e nem mesmo um ponto fora da curva.
.A questão principal hoje, no que se refere ao déficit em transações correntes, vem da conta dos derivados de petróleo. Esta situação será normalizada com a entrada em operação das Refinarias de Abreu e Lima (novembro de 2014) e da Refinaria do Complexo do Comperj (2016), além da melhora na situação da economia mundial, que, espera-se, acontecerá a partir de 2014.
.Nada para assustar quem quer que seja. O câmbio no Brasil já está favorável para as exportações, o problema é que o mundo ainda sofre os efeitos do Crash de 15 de setembro de 2008 e o Brasil, portanto, também os sofre. Sobre o câmbio é salutar relembrar alguns dados:
-Janeiro de 2011, R$ 1,65 por dólar;
-Janeiro de 2012, R$ 1,86 por dólar;
-Janeiro de 2013, R$ 2,04 por dólar;
-Janeiro de 2014, R$ 2,39 por dólar.
.Ou seja, desde o primeiro minuto de seu governo Dilma Rousseff promoveu uma benéfica e gradual desvalorização cambial, cujos frutos positivos ainda não estão assimilados em sua plenitude. E fez tudo isto com inflação ampla, geral e irrestritamente controlada (os três primeiros anos de Dilma tiveram inflação inferior aos três primeiros anos de FHC e de Lula).
.O Brasil tem hoje pleno emprego, distribuição de renda, diminuição das desigualdades sociais e regionais, aumentos reais nos dissídios das classes laborais e no salário mínimo. E tem tudo isto combinado com indicadores macroeconômicos, fiscais, financeiros e monetários invejáveis para qualquer país do globo terrestre. Não há razão alguma para alarmismos.
.Em 15 de setembro de 2008 (dia do estouro da maior crise econômica e financeira ocorrida desde o Crash de outubro de 1929) o Brasil tinha reservas internacionais na casa dos US$ 207 bilhões. Hoje essas reservas estão na casa dos US$ 376 bilhões (aumento de 81,6%). Ou seja, o Brasil está mais preparado hoje para enfrentar turbulências externas do que estava lá em 2008.
Nota: Aqui, apreciação sobre o déficit comercial de janeiro 2014, com destaque para:
."O déficit de janeiro de 2014 foi superior ao de janeiro de 2013 em apenas 20 milhões de dólares, o que é uma ninharia em termos de balanços de pagamento. Assim, este qualificado como o maior déficit da história significa, na realidade, estabilidade em relação ao ano anterio." (Senador Eduardo Suplicy).
.(...) déficits da balança comercial são comuns em janeiro por se tratar de um mês de entressafra, quando há redução nas exportações de produtos agrícolas. Janeiro também é mês de reposição de estoques. Por isso, há tendência de aumento das importações.
Nota: Aqui, apreciação sobre o déficit comercial de janeiro 2014, com destaque para:
."O déficit de janeiro de 2014 foi superior ao de janeiro de 2013 em apenas 20 milhões de dólares, o que é uma ninharia em termos de balanços de pagamento. Assim, este qualificado como o maior déficit da história significa, na realidade, estabilidade em relação ao ano anterio." (Senador Eduardo Suplicy).
.(...) déficits da balança comercial são comuns em janeiro por se tratar de um mês de entressafra, quando há redução nas exportações de produtos agrícolas. Janeiro também é mês de reposição de estoques. Por isso, há tendência de aumento das importações.
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