sábado, 25 de janeiro de 2014

SOBRE A SUPEREXPOSIÇÃO DOS JULGAMENTOS


"Se a transparência é democraticamente desejável e essencial, é necessário combinar com decência e moderação. A decência dos jornalistas de se concentrar nas questões jurídicas e não nas questões pessoais. E a moderação dos ministros para que o colegiado triunfe sobre a individualidade."



(Ministro Joaquim Barbosa, em colóquio no Conselho Constitucional -equivalente francês do STF- em Paris, acerca da influência da publicidade sobre a racionalidade das decisões, enfatizando que a superexposição nas transmissões ao vivo contamina os julgamentos da corte.
A aula é sensata, sem dúvida - sem contar que a superexposição midiática já surtiu os efeitos tão sofregamente esperados. Agora, diante da perspectivas de outros julgamentos com repercussão política, envolvendo agremiações outras, a espetacularização constituiria abominável demonstração de "déficit civilizatório", expressão utilizada por Joaquim Barbosa após a conferência, ao abordar crítica formulada por um causídico à viagem que ora realiza).

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