quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

DAVOS: PARA INVESTIDORES GLOBAIS, BRASIL SE MANTÉM COMO BOA OPÇÃO


Confiança de CEOs sobe e Brasil ainda é prioridade

Por Assis Moreira e Daniel Rittner

O Brasil aparece em quarto lugar, só atrás da China, Estados Unidos e Alemanha, entre os mercados que os principais executivos globais consideram mais importantes para a expansão de seus negócios nos próximos 12 meses.
Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) divulgada ontem à noite em Davos, poucas horas antes da abertura do Fórum Econômico Mundial, dá uma mostra do estado de espírito dos executivos: aumentou, para 44%, o número dos que acreditam em melhoria da economia mundial neste ano. Eram 18% em 2013.
"Nos últimos três ou quatro anos, as conversas em Davos sobre o nível de confiança não eram boas. Então, é um sinal definitivamente encorajador", disse o presidente da PwC, Dennis Nally.
No caso do Brasil, caiu ligeiramente o otimismo, mas o país ainda é visto como mais importante para a expansão dos negócios do que concorrentes como Reino Unido, Japão, Índia, Rússia, México, Indonésia, conforme a pesquisa com 1.344 executivos de 68 países.
No começo de 2013 o Brasil era o terceiro na lista, quando 15% mencionaram o país como mercado para expansão dos negócios. Agora essa expectativa caiu a 12%. Ao mesmo tempo, o otimismo aumentou 5 pontos percentuais em relação aos negócios na Alemanha (para 17%), subiu 7 pontos em relação aos EUA (para 30%) e 5 pontos no caso da China (para 33%). (Para continuar, clique aqui).

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A questão é que são exigidas altas taxas de crescimento (a qualquer custo), enquanto o Brasil elegeu como prioridades a preservação dos níveis de emprego e o combate às desigualdades, mesmo que isso implique em PIB considerado medíocre (por executivos e analistas, notadamente os rentistas): em 2012, o crescimento foi de 1%; para 2013 a estimativa é de 2%, evoluindo para 2,3% no ano em curso, segundo o Fundo Monetário Internacional.
Entendemos que vale a pena realizar (ou amargar, como pensam os críticos) expansão em torno de 2% em troca da preservação do emprego e do avanço no combate às desigualdades - com a óbvia ressalva de que todos os investimentos produtivos são bem vindos.

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