terça-feira, 11 de agosto de 2020

EM MENOS DE 6 HORAS, DELEGADO CONCLUI QUE PM QUE MATOU JOVEM NEGRO DESARMADO AGIU EM LEGÍTIMA DEFESA

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Policiais alegam que atiraram em Rogério Ferreira da Silva Júnior porque tiveram a impressão de que ele iria “sacar arma”; vítima fez 19 anos no dia de sua morte
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"Ter a impressão de que o cidadão iria 'sacar arma'." A prosperar a 'tese', restará evidenciada a plena vigência da abjeta "Excludente de Ilicitude", incluída num certo Pacote Anticrime, em boa hora desmoralizado por Comissão do Parlamento que identificou diversas inconstitucionalidades flagrantes. Mas o caso do Rogério Ferreira da Silva Júnior pode culminar na 'reabilitação prática' de um dos pontos defenestrados. Basta de surrealidades!


Por Arthur Stabile (No site Ponte)

A Polícia Civil de São Paulo considera que os policiais militares agiram em legítima defesa ao atirar e matar Rogério Ferreira da Silva Júnior, no domingo (9/8), no Parque Bristol, na zona sul da cidade de São Paulo. O jovem negro estava desarmado e levou um tiro.

Segundo os PMs Guilherme Tadeu Figueiredo Giacomelli e Renan Conceição Fernandes Branco, eles patrulhavam a região quando viram Rogério de moto. Eles afirmam que deram sinal de parada, mas o jovem negro, que fazia 19 anos naquele dia, teria fugido.
Ainda de acordo com a versão dada pelos policiais ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, responsável por investigar o caso, Rogério fez menção de sacar uma arma durante a perseguição.
Giacomelli e Branco identificaram o ato de colocar a mão na cintura como um risco “iminente de agressão”. O PM Giacomelli, então, decidiu atirar. Deu um único tiro, que atingiu Rogério no lado direito das costas e saiu abaixo da axila esquerda.
Segundo os PMs, o jovem dirigiu por mais 50 metros e, quando parou a moto, caiu no chão e tentou se proteger no muro. Estas imagens foram captadas por câmeras de segurança e têm “indício de execução”, segundo o advogado Ariel de Castro, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).
Os PMs dizem não ter atirado em Rogério no momento em que ele para a moto, como registrado em vídeo. Quando o revistaram, identificaram que não havia nenhuma arma.  -  (Aqui).

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