Afinal, Vera entrevistou Greenwald de forma até hostil na Jovem Pan sobre o caso da Vaza Jato e deveria, quanto mais por isso, ter o jornalista do The Intercept na bancada.
A menos que a sua presença tivesse sido vetada pelo próprio Moro, o que também seria uma obrigação revelar e deixar que o ex-juiz o justificasse.
É certo que a lista de entrevistadores terá, basicamente, gente sem a mesma incisividade que Greenwald – ou mesmo Reinaldo Azevedo, como se sugere nas redes sociais – teria ao abordar a questão.
Mas é difícil que Moro escape de gaguejar diante de outras questões.
Na segunda-feira, dia do programa, estará nas livrarias o livro Tormenta, de Thaís Oyama, onde se descreve em detalhes não só o impulso de Jair Bolsonaro em demiti-lo como, também, a sua reação de acoelhar-se diante da ameaça.
Sérgio Moro, por culpa no cartório, por arrogância e ainda vestindo a toga da prepotência, não é capaz de se sair com simpatia de qualquer prova de fogo, inclusive as de fogo brando, brandíssimo.
Suas relações com Jair Bolsonaro só não o diminuem quando ele se cala."
(De Fernando Brito, a propósito de entrevista com o ministro e ex-juiz Sérgio Moro, programada para segunda-feira, 20, no Roda Viva. "'Roda Viva' de Moro é feito para levantarem-lhe a bola. Mas não dará certo". Texto publicado no Blog Tijolaço - Aqui -, de que Brito é titular.
Incluir Glenn Greenwald ou Reinaldo Azevedo, dois notórios críticos da Lava Jato, entre os entrevistadores seria jornalisticamente instigante, mas os editores do Roda Viva não estão obrigados a agir jornalisticamente.
Mas, quem sabe, a divulgação, na segunda-feira ou até um pouco antes, de um post ou áudio pelo The Intercept envolvendo o ínclito ministro iria com certeza repercutir maravilhosamente).
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