terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O IMPEACHMENT, O LIVRO DE BOLTON - E O 'ACORDO DE PAZ'

.
1. "...os republicanos que apoiam Trump no Senado e os advogados do presidente estão em um beco sem saída."
....
Isso, claro, se Trump não contar com um trunfo previamente arquitetado, diria o outro. Mas, e se a oitiva de testemunhas vier a ser admitida pelos julgadores de Trump e na esteira dessa decisão o testemunho de John Bolton vier a acontecer? Como diria a turma d'O Pasquim, pau puro. Trump, preocupado, apela para a velha fórmula desengavetada em situações que tais, o diversionismo: inventou um "plano de paz" envolvendo Israel e Palestina(?!) - só que tentando comprar por US$ 50 bilhões o 'de acordo' palestino, sob protestos destes e do Hamas. Ou seja, "espetáculo" para tentar desviar a atenção da opinião pública - fadado ao fracasso. Que Bolton conte tudo. 


Livro de Bolton reduz opções para defesa de Trump 

Do Jornal GGN 

A abordagem adotada pela equipe de defesa do presidente Donald Trump no julgamento de impeachment no Senado tem sido de indiferença e negação, da mesma forma como o próprio presidente age quando se vê confrontado.
“Uma vez descartadas as interferências indevidas, os palpites, os vazamentos seletivos e os interrogatórios sigilosos de testemunhas escolhidas a dedo, o que sobra são fatos-chave que não mudaram nem vão mudar”, disse o advogado Michael Purpura, da equipe de defesa, no último sábado, como explica o jornalista Philip Bump, do Washington Post, no jornal O Estado de São Paulo.
Dentre os fatos listados, está a argumentação feita pelo conselheiro da Casa Branca, Pat Cipollone, de que a transcrição de conversa entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, não sinaliza a imposição de condições para ajuda militar ou um encontro com o presidente. Porém, segundo Bump, a equipe de Trump entrou em contato com um assessor de Zelensky dizendo que a reunião dependeria de uma das investigações políticas desejadas pelo presidente.
Além disso, o jornal The New York Times divulgou trechos de um livro inédito escrito pelo então conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, onde Trump diz que pretendia reter a ajuda à Ucrânia até que o presidente do país concordasse em fazer as investigações.
Para o jornalista, os republicanos que apoiam Trump no Senado e os advogados do presidente estão em um beco sem saída. “Ou eles ignoram a reportagem do Times, e deixam sobre a mesa evidências obviamente condenatórias, ou abrem as comportas para novos testemunhos e evidências”, pontua o jornalista, que diz que os advogados podem fazer aquilo que o presidente norte-americano sempre faz: usar as notícias ruins para atacar a oposição.  -  (Aqui).

**** 

2"Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA. Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos por quatro anos enquanto corre a negociação do acordo e os EUA abririam uma embaixada para a Palestina na região oriental de Jerusalém."
....
.Seria, na prática, o acordo entre o chicote e as costas, com as costas ganhando de brinde um bronzeador!


Abbas: palestinos jogarão plano de paz dos EUA na lata de lixo da História 
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, criticou o chamado "acordo do século" proposto pelos Estados Unidos nesta terça-feira (28), e disse que o plano nunca se concretizará e que o povo palestino o jogará na "lata de lixo da História".
Mais cedo nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou o plano como uma proposta de solução de dois Estados, alegando que a Palestina dobraria seu território com a proposta. Trump também revelou que os Estados Unidos e Israel formarão um comitê conjunto para monitorar a implementação do acordo.
"Jerusalém não está à venda, o 'acordo do século' não será cumprido e nosso povo a enviará para a lata de lixo da história", disse Abbas sobre a proposta.
Abbas acrescentou que os palestinos não se curvarão e não irão se render.
"Estamos unidos diante de todos os planos de extermínio que nosso povo rejeitará. Dizemos 'não, não, não' ao acordo do século", disse Abbas.
O chefe do departamento político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um telefonema com o presidente Mahmoud Abbas, segundo publicou a agência de notícias WAFA, disse que o plano de paz dos EUA para o Oriente Médio é uma tentativa de se livrar do projeto nacional da Palestina. O Hamas, apontado como grupo terrorista no documento do acordo, rejeita o plano, conforme revelou a agência WAFA.
***
O plano
(...) Após reuniões com o premiê israelense, Benjamin, Netanyahu e o líder da oposição de Israel, Benny Gantz, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou os primeiros detalhes do acordo de paz dos EUA para conflito Israel-Palestina.
Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA. Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos por quatro anos enquanto corre a negociação do acordo e os EUA abririam uma embaixada para a Palestina na região oriental de Jerusalém.

(...) As autoridades palestinas se opuseram anteriormente ao plano e protestos em massa são esperados nos territórios palestinos, enquanto Israel prepara medidas de segurança. Uma das principais questões levantadas foi que a Palestina não participou das negociações. (...).  -  (FonteSputnik, via Conversa Afiada - Aqui).

****
Enquanto isso..
."A declaração de Trump é agressiva e provocará muita ira", disse à Reuters Sami Abu Zuhri, funcionário do Hamas.
"A declaração de Trump sobre Jerusalém é um absurdo e Jerusalém sempre será uma terra para os palestinos ... Os palestinos enfrentarão esse acordo e Jerusalém continuará sendo uma terra palestina"  -  (Aqui).

Nenhum comentário: