Quem está disputando a eleição?
Da CartaCapital
Em quem votam os mais jovens e as mulheres? E a região Nordeste? Na disputa
acirrada por cargos, as intenções do eleitorado são objeto de análises,
especulações e cálculos políticos. São capazes
da mudar discursos e programas. Pouco se fala, porém, do outro lado da moeda: o
perfil das candidaturas. Afinal, quem está se apresentando para dirigir o
país?
Em 2014, a maioria dos candidatos é homem. Até aí, nenhuma novidade. Mas pela primeira vez, o número de candidaturas de mulheres superou os 30% previsto pela lei de cotas (lei 9.504/1997) para os cargos proporcionais de federal e estadual. Houve um salto significativo: enquanto esse ano as candidatas a deputada federal são 32%, no pleito anterior, em 2010, elas somavam 22,1% do total. Nos cargos majoritários, no entanto, onde não há lei de cotas, a desproporção continua mais exacerbada: as mulheres são apenas 17% das candidaturas a governos estaduais e 20% ao Senado, ainda que sejam 51% da população brasileira.
Outro dado inédito é o da raça dos/as candidato/as, informação que antes não constava na relação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O resultado é o que já se intuía: a maioria é branca. São 55% do total de 25.366 inscrito, sete pontos percentuais acima da participação dos brancos na população total.
Porém, quando essas estatísticas são cruzadas com a auto-declaração do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), temos um número surpreendente: há uma ligeira sobre-representação de pessoas de cor preta
Em todos os cargos analisados – deputado federal, estadual, governador e senador
– a porcentagem de candidatos auto-declarados pretos supera à sua porcentagem
total na população. Uma hipótese inicial, e que mereceria investigação, seria
que as pessoas estariam mais propensas a se declararem pretas para a
concorrência eleitoral do que para o Censo.
É interessante notar também a cor quando analisada em relação ao gênero: a proporção entre homens e mulheres praticamente se mantém, mas há uma prevalência de candidaturas de homens brancos em relação às mulheres brancas enquanto as candidaturas de mulheres pardas e pretas são proporcionalmente superiores em relação aos homens pardos e pretos. (Para continuar, clique aqui).
É interessante notar também a cor quando analisada em relação ao gênero: a proporção entre homens e mulheres praticamente se mantém, mas há uma prevalência de candidaturas de homens brancos em relação às mulheres brancas enquanto as candidaturas de mulheres pardas e pretas são proporcionalmente superiores em relação aos homens pardos e pretos. (Para continuar, clique aqui).
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