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"Os Estados Unidos hoje são os principais adversários do dólar".
No 247:
O economista Paulo Nogueira Batista Júnior, que foi vice-presidente do banco dos BRICS, afirma que, paradoxalmente, os Estados Unidos se tornaram os principais adversários do dólar. "Com as sanções contra a Rússia, eles passaram a usar de maneira hiperpolítica o poder do dólar", afirma. "A partir de agora, China e outros países farão movimentos defensivos para proteger suas reservas", complementa.
Em razão disso, diz ele, vai se aprofundar o movimento para a criação de uma nova arquitetura financeira mundial. "Os Estados Unidos hoje são os principais adversários do dólar", diz ele. "Estamos num mundo multicêntrico, queiram os Estados Unidos ou não".
Paulo Nogueira também fala sobre o movimento de desglobalização, que deve se aprofundar. "As cadeias produtivas têm de ser trazidas mais para perto. Estamos entrando numa fase de nacionalismo econômico – e que será duradoura", afirma. O economista também aponta uma naturalização, pelo mercado, da provável vitória do ex-presidente Lula nas eleições presidenciais. "Já existe uma sensação entre os detentores do capital de que Lula é melhor para o capital", diz ele. - (Aqui).
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Os BRICS, ao criarem o banco de investimentos, já anteviam a queda do Dólar na seara geopolítica, mas certamente não levaram em conta que os próprios Estados Unidos iriam contribuir para tanto.
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