O jornalista Brian Mier, norte-americano que vive no Brasil há 25 anos, fez uma sequência de tuítes neste domingo (1º) para explicar por que a vitória de Joe Biden, candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, é melhor do que a reeleição de Donald Trump. Confira suas postagens:
- O senador norte-americano Joe Biden e o DNC não são mais amigos da esquerda latino-americana do que Trump e os republicanos. Mas existem alguns motivos pelos quais uma vitória de Biden poderia beneficiar o Brasil, que irei expor nos seguintes tweets:
- Em 2019, os imigrantes brasileiros, muitos deles de Minas Gerais, enviaram US $ 2,8 bilhões de volta aos familiares, o que teve um efeito significativo nas economias locais. Se Biden cumprir sua promessa de campanha de dobrar o salário mínimo, as remessas aumentarão.
- Em 2019, os imigrantes brasileiros, muitos deles de Minas Gerais, enviaram US $ 2,8 bilhões de volta aos familiares, o que teve um efeito significativo nas economias locais. Se Biden cumprir sua promessa de campanha de dobrar o salário mínimo, as remessas aumentarão.
- Quando o ex-presidente Lula foi mantido prisioneiro, vítima de um crime apoiado pelos EUA, líderes da AFL-CIO o visitaram e pressionaram legisladores progressistas a exigir sua libertação. A maioria dos sindicatos AFL-CIO apóia Biden. A vitória de Biden garantiria um pouco mais de força para as ações solidárias da AFL-CIO.
- O presidente Bolsonaro idolatra Trump, convenceu seus seguidores de que quase todo mundo nos Estados Unidos também o ama e que qualquer crítica americana é uma "notícia falsa". Biden pode não mudar as relações predatórias dos EUA com o Brasil, mas sua vitória deslegitimará Bolsonaro para seus seguidores.
- Corporações americanas que lucram com o desmatamento na Amazônia, como a Cargill, fazem doações para os dois partidos políticos, mas a maioria dos ambientalistas americanos são democratas. O partido fica mais sujeito a pressões de baixo para responsabilizar as empresas. - (Aqui).
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Ao que o outro analista realista ponderaria: "Nada obstante, convém lembrar que o Complexo Militar-Industrial paira sobre a figura do presidente, que, aliás, nem sequer exerce poder sobre o orçamento anual relativo ao complexo de segurança global e espionagem!" Sem contar que a tradição americana 'determina' que todos os presidentes dos EUA, independentemente do partido político a que pertençam, têm a obrigação de defender a qualquer custo os interesses das empresas norte-americanas atuantes no exterior (o que, aliás, não deixa de ser uma orientação meritória). Dito o quê, Biden!
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