segunda-feira, 23 de novembro de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE DEVE ASSINAR CARTA DE INTENÇÃO SOBRE CINCO VACINAS, MAS EXCLUI A CHINESA

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O Ministério da Saúde vai assinar carta de intenção sobre cinco vacinas, mas exclui a chinesa Coronavac, e compra não é garantida
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É preciso admitir que o senhor Doria, governador, poderia muito bem ter levado ao Governo Federal - se é que não o fez - o seu propósito de manter entendimentos com a chinesa Coronavac, atuando como uma espécie de emissário do Planalto (ou ao menos com a ciência dele). Do modo como divulgado - de que o governador agiu por conta própria, sem dar a mínima a quem quer que seja -, pareceu algo como 'usurpação' de poder, ainda mais em se tratando de tão acentuada dimensão de ecos, se é que entendem. 

No 247: O Ministério da Saúde informou ontem (22) que deve assinar "cartas de intenção não-vinculantes" para a compra de vacinas de cinco desenvolvedores: Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (responsável pela Sputinik V) e Moderna. Na relação não está a vacina chinesa Coronavac, que será adquirida e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo.

O documento não formaliza a compra dos produtos. A Saúde afirma que ainda aguarda o fim dos estudos de fase 3, além do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a precificação e a incorporação do produto ao SUS, informa o Estado de S.Paulo.

O jornal informa também que qualquer negócio só deve ser fechado após o aval da Anvisa  para comercializar o imunizante no país. A postura reticente do ministério aumentou após o presidente Jair Bolsonaro desautorizar o ministro Eduardo Pazuello.

Em outubro, o chefe da Saúde teve de recuar e desfazer a promessa da compra de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Esse acordo é liderado pelo governo paulista de João Doria (PSDB), inimigo político de Bolsonaro.

O ministério afirmou  que já há previsão de acesso a 142,9 milhões de doses por contratos já firmados. Estes imunizantes estariam garantidos por meio de negócio de cerca de R$ 2 bilhões para fornecimento de 100 milhões de unidades da vacina de Oxford/Astrazeneca, além da transferência de tecnologia de produção da droga à Fiocruz.

Outro caminho é pela Covax Facility, um consórcio liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar o fornecimento dos imunizantes. O Brasil investiu R$ 2,5 bilhões para entrar no grupo e espera receber, por meio do consórcio, vacina para 10% da população.  -  (Aqui).

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