segunda-feira, 13 de maio de 2019

REINALDO: MORO NÃO CUMPRIRÁ PROMESSA DE VAGA NO STF FEITA A GEBRAN

(Brasil 247)
Reinaldo: Moro não cumprirá promessa de vaga no STF feita a Gebran
Do Brasil 247: O jornalista Reinaldo Azevedo afirmou nesta segunda-feira, 13, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não irá cumprir a promessa que fez ao desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4º Região.
"Aquele que se pretendia superministro de Jair Bolsonaro prometeu a seu parceiro do andar superior da Justiça Federal que seria este a ocupar a vaga que será aberta no Supremo em novembro do ano que vem, quando Celso de Mello faz 75 anos e deixa o tribunal. Sim, Gebran Neto é o relator dos recursos contra decisões da primeira instância tomadas na 13ª Vara Federal de Curitiba, dedicada exclusivamente à Lava Jato, onde Moro atuou como monarca absolutista. Ao julgar o recurso de Lula, que tramitou com rapidez inédita naquele tribunal, Gebran e seus outros dois colegas, Leandro Paulsen e Victor Laus, foram de uma severidade que assombrou o mundo jurídico", escreve Reinaldo em seu blog no UOL
"A Moro se prometeu um pedaço do governo. E Moro prometeu a Gebran uma vaga no Supremo. Claro, claro! Nada disso é crime. Mas faço uma pergunta: precisa ser para que pareça pouco decente? De toda sorte, Moro não vai poder cumprir a promessa porque Jair Bolsonaro, seu chefe, decidiu se antecipar. Vamos ver", diz ele. 
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"...Ao julgar o recurso de Lula, que tramitou com rapidez inédita naquele tribunal, Gebran e seus outros dois colegas, Leandro Paulsen e Victor Laus, foram de uma severidade que assombrou o mundo jurídico, escreve Reinaldo (...)".
O termo 'severidade' pode se revelar, para alguns, inadequado, notadamente depois do advento, no direito criminal tupiniquim, da tese do 'livre convencimento', biombo utilizado para que se perpetrem as maiores arbitrariedades. Mas se há um termo que se amolda ao trio Gebran, Paulsen e Laus é CELERIDADE, e aí Azevedo foi preciso. Para se ter uma ideia: considerando a 'rotina normal' do tribunal, a estimativa era a de que o pleito seria julgado a partir de junho de 2018. De repente, o julgamento foi antecipado para o dia 20 de janeiro! Qual a 'explicação'? Simples: se até seis meses antes da eleição o candidato não estivesse impedido, nada mais o conteria; logo, era preciso 'ganhar tempo', até porque havia o 'risco' adicional de ao menos um dos três votos ser favorável a Lula, ensejando a interposição de embargos infringentes, o que poderia comprometer a almejada condenação em tempo hábil. 
Ou seja, o TRF4 mexeu com maestria os pauzinhos: pensou em tudo, até na PRISÃO IMEDIATA dos réus por ele condenados: atropelando o próprio Supremo, emitira a súmula 122, DETERMINANDO a providência - a qual, claro, prevaleceu no caso do ex-presidente. Sobre essa flagrante ilegalidade, espera-se para logo o julgamento, por parte da 2ª Turma do STF, de HC coletivo que argui a ilegalidade da tal súmula. A propósito, clique AQUI para conferir "De como o TRF4 poderá ser corrigido pelo Supremo". 
Eis que agora vem essa de Moro haver acenado para Gebran Neto com uma vaga no Supremo! Pensando bem, pesando tudo, nenhuma estranheza. 

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