terça-feira, 28 de novembro de 2017

ENQUANTO ISSO, NO EVENTO VEJA...


O senhor Sérgio Moro, juiz referência da Lava Jato, participou ontem, 27, de evento promovido pela revista "Veja", com cobertura da reportagem do UOL.

Entre outras (AQUI expostas), o Portal registrou a seguinte declaração do magistrado sobre eventuais erros que teria cometido na condução dos processos da Operação Lava Jato:

"Sinceramente, não me ocorre nada muito significativo, que eu faria diferente".

Questionado sobre se a divulgação de um áudio de conversa entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, em março de 2016, constituiria um 'equívoco' de sua parte, Moro admitiu que a divulgação (flagrantemente ilegal)  dos áudios foi "controversa": "Não esperava tanta celeuma, mas fiz o que a lei exigia e era necessário...".

Infelizmente, o(s) entrevistador(es) esqueceu(ram) de pedir-lhe que explicasse o fato de dizer agora ter feito o que a lei exigia, quando ele próprio afirmou, à época, que a divulgação poderia ser considerada um erro (AQUI), ao tempo em que, interpelado, humildemente pedia desculpas ao STF, na pessoa do ministro Teori Zavascki (vítima fatal de um acidente de avião ocorrido em janeiro deste ano), que entendera que a interceptação telefônica fora ilegal e determinara a anulação da prova (AQUI).

Por tudo (ou quase tudo) o que se viu ao longo da Operação, seria de, ingenuamente, indagar:

"O senhor considera que a Constituição Federal é a lei maior e deve ser respeitada por todos?"
....

Em tempo: Surpresa, mesmo, foi a enxurrada de comentários de leitores do UOL indignados com as ações do magistrado, coisa que até meses atrás não era habitual no site.

O leitor G. S. apontou:

 "Grampos ilegais - Divulgação ilegal de conversa privada - Coerção de testemunhas, réus e delatores - Vazamentos de oitivas sigilosas - Negação de acesso da defesa de Lula a perícias - Gravação ilegal de conversas entre advogados de Lula e seu cliente - Ocultação de provas e negação de acesso da defesa a elas - Ocultação de informações que incriminem líderes do PSDB - Manifestações indevidas de preferência político-partidária - Militância ideológica".

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