Agora, daí a dizer que nós temos que canonizar todas as práticas ou decisões do juiz Moro e dos procuradores vai uma longa distância.
É preciso escrutinar as decisões e criticar métodos que levam a abusos. Eu mesmo já votei em favor da concessão de habeas corpus e defendo limites temporais para as prisões preventivas. Da mesma forma, as chamadas dez medidas têm que ser examinadas com escrutínio crítico. Medidas propostas como iniciativa popular não têm que ser necessariamente aprovadas pelo Congresso."
2. "A AGU (Advocacia-Geral da União), a Receita Federal, a PF também fazem o discurso de que os salários deles têm que ser elevados porque são combatentes da corrupção. Isso se tornou estratégia de grupos corporativos fortes para ter apoio da população.
É uma esperteza midiática. Não tem nada a ver com a realidade. Os juízes todos estão agora engajados no combate à corrupção? São 18 mil Sergios Moros? Sabe? No fundo estão aproveitando-se oportunisticamente da Lava Jato."
(De Gilmar Mendes, ministro do STF e presidente do TSE, em entrevista concedida à Folha de São Paulo, AQUI , sobre a Lava Jato e seus excessos - frontalmente colidentes com a Constituição Federal e que até hoje passaram convenientemente 'despercebidos' pelo pretenso 'Guardião' -, os supersalários pagos a operadores do direito, Receita Federal, Ministério Público, conselheiros e que tais, os abusos de autoridade e as chamadas dez medidas propostas para o combate à corrupção. Comentários podem ser lidos aqui.
Bem, a Lava Jato foi instaurada em março de 2014, e desde então as bordoadas se concentraram no PT, já estando o 'serviço' praticamente chegando ao fim. Agora, esboça-se o direcionamento dos trabalhos às chamadas 'agremiações virtuosas', enquanto o presidente do Senado anuncia a intenção de submeter a deliberação projeto de lei contra abusos de autoridade, providência, aliás, salutar. Por sua vez, os supersalários e penduricalhos há tempos estão a premiar certas 'categorias diferenciadas', mui superiores às compostas por mortais comuns, e as dez medidas anticorrupção abraçadas por doutos procuradores do MPF há meses brilham sob holofotes, raramente merecendo menção o fato de que muitas delas afrontam cláusulas pétreas constantes da Carta Magna.
Nada do que consta acima despertou críticas... Só agora).
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