terça-feira, 24 de maio de 2016

INÉDITO: UM POST COMENTADO NELE MESMO


Será que o STF não reagiu a Jucá porque Lewandowski está em Londres?

Por Fernando Brito, aqui

Quer dizer que o Supremo Tribunal Federal é acusado por um senador – e ministro do governo provisório – de ter sido “conversado” para garantir o afastamento de Dilma Rousseff e não reage? (Reagiu, sim: o Magistrado Gilmar Mendes declarou não ter visto nada demais nas falas de Jucá - AQUI -, e que Jucá, por sinal, a despeito de amizade de longa data, nunca o procurou "sobre isso"...).  
Será que é porque seu presidente – e presidente do julgamento do impeachment no Senado – Ricardo Lewandowski está num “Seminário Internacional” promovido pela Associação dos Magistrados do Brasil (é, brasileiros) lá em  Londres,  na Inglaterra? (Em Londres sim, por que não? Não me venha com complexo de vira-latas. A pátria da Common Law tem muito o que aprender com o nosso escorreito Direito!).
Em lugar de trazer os palestrantes, dá para passar uns dias na velha Albion. Só de ontem até quinta-feira da outra semana, dia 2. (Claro. O acervo a discutir é monumental. A Constituição brasileira tem mais de 250 artigos!).
Coisa pouca, aqui está tudo tranquilo, não há problemas. (Isso!).
Quer dizer, teve o “probleminha” criado pela fita do Romero Jucá colocando o Tribunal sob suspeita de ter se articulado com os promotores da deposição de Dilma. (O Meritíssimo Magistrado já falou pelo Supremo!).
Quando Delcídio do Amaral  falou que fez isso para tentar dar fuga a Nestor Cerveró, cadeia nele, já.
Mas para Jucá, dizendo o mesmo para algo mais grave, derrubar uma presidenta eleita, não vêm ao caso estas precipitações. (Estão vendo cabelo em ovo, diria, enfadado, o Magistrado).
Por isso é que devemos acreditar na imparcialidade e na firmeza de nossa Corte Suprema, que não se deixa levar por arroubos. (Isso, serenidade é essencial).
Não é comovente que, por exemplo, o afastamento de Eduardo Cunha tenha sido pedido em dezembro, por ação cautelar, e só tenha sido julgado em maio, depois de ter sido feito o “serviço” de autorizar o processo contra Dilma na Câmara? (E olha que isso aconteceu sob procedentes protestos do Douto Magistrado, que sempre soube o que está fazendo ou deixando de fazer).
Não era necessário. Necessário era impedir, no mesmo dia, a posse de Lula na Casa Civil. (O Magistrado estará sempre atento!).
O equilíbrio do Supremo é tão evidente que não há uma alma neste país que nele não confie. (Isso, reconhecer os méritos do Guardião é o mínimo a ser feito).
Nem a Jucá ele decepcionou. (A propósito, Jucá, 'tranquilo', diz que pediu para sair para evitar 'manifestações babacas' - aqui. Como sempre, obrou bem).

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Sei que é inadequada a prática de inserir modificações estruturais nos textos a publicar, mas a 'conjuntura' nos impõe a atitude. A surrealidade é total. Nossas desculpas, Fernando Brito e leitores.

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