STJ determina perícia em negócio da Petrobras feito na gestão FHC
Do site Congresso em Foco
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a realização de uma perícia, pela Petrobras, em contrato firmado entre a estatal e a corporação ibero-argentina Repsol YPF em 2001, no segundo mandato do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A ordem do STJ é resultado de ação civil pública ajuizada por petroleiros naquele ano contra o ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras à época, o ex-parlamentar e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge Vasconcelos Lima, outras 18 pessoas e mais quatro empresas. O processo indica que o negócio, uma troca de ativos, gerou um prejuízo de US$ 2,3 bilhões à petrolífera brasileira. (...).
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Esse interessantíssimo caso deve ser associado a outro, de 2001, citado pelo corrupto Nestor Cerveró em delação formulada algumas semanas atrás, referente à venda da empresa Pérez Compagn (na Argentina), que pertencia à Petrobras e segundo o meliante teria rendido propinas, à época, de cerca de CEM MILHÕES DE DÓLARES (aqui). Os episódios, somados à revelação feita pelo igualmente corrupto confesso Pedro Barusco, consistente em que deu início a falcatruas na Petrobras em 1997, bem como à declaração formulada pelo jornalista Paulo Francis em Manhattan Connection (Globo, Nova York) no mesmo ano, dando conta de rumores sobre locupletação de diretores da Petrobras, sugere fortemente que a Operação Lava Jato pode ter incorrido em "equívoco" ao ter como ponto de partida o início do governo Lula (2003).
(E nem se está a falar dos prejuízos ocorridos quando da passagem de Delcídio do Amaral pela empresa - aqui...).
Até hoje, aguarda-se explicação convincente da força-tarefa da Lava Jato sobre o porquê do "desconhecimento" de suspeitas graves sobre fatos acontecidos antes de 2003. Afinal, casos como os Repsol e Pérez Compagn, nos quais a empresa número 1 do Brasil teria sofrido rombo de algo como OITO BILHÕES DE REAIS, jamais poderiam ter ficado de fora da investigação. Por que, afinal, a gestão anterior à de Lula ficou de fora da Operação Lava Jato?!
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