sexta-feira, 13 de novembro de 2015
EM DEFESA DA NORMALIDADE INSTITUCIONAL
"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional.
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Estes três anos [após o 'golpe institucional'] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros.
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A crise do país tem mais fundo político do que econômico.
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O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo."
(De Ricardo Lewandowski, ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta data, durante palestra em uma faculdade de Direito em São Paulo. Essa foi a primeira vez que um chefe de um Poder defendeu a integridade do mandato da presidente, que irá até 2018. Desde que foi reeleita, a petista tem sido alvo de várias tentativas de deposição, que vão desde a ameaça constante de impeachment na Câmara comandada por Eduardo Cunha (PMDB), até ações no Tribunal Superior Eleitoral apresentadas pelo PSDB, derrotado pela quarta vez consecutiva na última disputa presidencial.
Registra o Jornal GGN, aqui: "Segundo a Folha, o contexto no qual Lewandowski mencionou a expressão 'cortina de fumaça' diz respeito ao 'artificialismo' da dimensão da crise que pauta diariamente a cobertura do governo Dilma. Na visão do ministro, a 'crise do país tem mais fundo político do que econômico'. 'O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo', garantiu o presidente do Supremo".
Julgamos oportuna a intervenção do ministro, até porque ele preside o STF, o Guardião da Constituição Federal).
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