The Sunday Times, o jornal de maior circulação no Reino Unido aos domingos, publicou reportagem de uma página sobre a Lava Jato.
Diz o jornal que Sérgio Moro é visto como um herói do povo, capa de revistas, e especula acerca de suas pretensões políticas.
Ao abordar as táticas de investigação adotadas pelo juiz e “sua jovem equipe de procuradores”, a reportagem cita um advogado que diz que Moro e sua equipe são intocáveis, inclusive nos métodos utilizados. Lembra “um punhado de líderes empresariais politicamente conectados presos durante meses sem julgamento”. E menciona as denúncias “supostamente vazadas para a imprensa antes mesmo que os acusados tenham sido informados”.
A reportagem acusa os condutores do processo de tentar obter colaborações de presidiários em troca de sua liberdade, e menciona um parecer elaborado pela Blackstone Chambers, entidade inglesa dedicada ao direito público, com ênfase em direitos humanos, sugerindo que o comportamento dos procuradores pode ser uma violação da Constituição do Brasil e de vários tratados internacionais.
Segundo o jornal, os advogados britânicos especialistas em direitos humanos ressaltaram que não estão analisando nenhum caso individual, mas levantando preocupações de que “princípios fundamentais da liberdade e da presunção de inocência foram minados pela investigação de Moro”.
Segundo o jornal, os advogados britânicos especialistas em direitos humanos ressaltaram que não estão analisando nenhum caso individual, mas levantando preocupações de que “princípios fundamentais da liberdade e da presunção de inocência foram minados pela investigação de Moro”.
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A corrupção tem de ser investigada e punida com todo o empenho, em todos os âmbitos, em todo o período em que se desenvolveu e independentemente da agremiação política envolvida. A apuração das falcatruas relacionadas à Petrobras - que completará prolongadíssimos 2 anos no próximo mês de março - exclui o período anterior a 2003, envolve medidas colidentes com dispositivos constitucionais e tem seus méritos embotados também pelo fato de constituir ponto isolado no cenário conspurcado pela corrupção no Brasil: todos os holofotes estão direcionados para ela; o marasmo acolhe a punição das malfeitorias praticadas por outros.
Nota: Clique AQUI para ler a coluna dominical do analista Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, reproduzida no Jornal GGN. Uma vez mais, evidencia-se a impertinência da decisão dos patrocinadores da Lava Jato de excluírem da ação o período anterior a 2003.
Nota: Clique AQUI para ler a coluna dominical do analista Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, reproduzida no Jornal GGN. Uma vez mais, evidencia-se a impertinência da decisão dos patrocinadores da Lava Jato de excluírem da ação o período anterior a 2003.
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