sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A SUÍÇA LAVA MAIS BRANCO


"Pergunto como é possível alegar inocência. Há US$ 2,4 milhões no nome dele e de sua mulher. Cunha poderia até dizer e provar que foi só evasão fiscal e que o dinheiro não é sujo. Poderia alegar que ganhou na loteria, não quis pagar os impostos no Brasil e mandou o dinheiro para o exterior. Mas é tolice dizer que não é verdade que o dinheiro existe. As evidências são totalmente claras. Não entendo como um homem que preside a Câmara de um dos maiores países do mundo pode tentar negar evidências como essas. É impressionante. E, se não puder provar a origem do dinheiro, então é oriundo de corrupção."





(De Jean Ziegler, sociólogo suíço, perito no sistema bancário daquele país e autor do livro "A Suíça lava mais branco", em resposta à pergunta "Desde que seu nome começou a aparecer no escândalo da Petrobras, Cunha se diz inocente. É possível que não tenha cometido crime?", segundo entrevista ao jornal O Globo. O trecho acima foi destacado pelo blog Diário do Centro do Mundo sob o título "É impossível Cunha ser inocente, diz especialista suíço" - aqui.

Na CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, o articulador do escândalo, deputado João Alves, quando instado a explicar a origem de seus recursos milionários, atribuiu à 'ajuda de Deus' o fato de haver ganho sucessivos e milionários prêmios lotéricos. Cunha certamente lamenta não poder usar o argumento; já lhe basta o plágio perpetrado 'contra' Paulo Maluf. De tudo, porém, o que causa espécie é o fato de ainda haver pessoas em dúvida quanto às falcatruas praticadas pelo presidente da Câmara dos Deputados).

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