"(...). os dados do CIA The World Factbook de 2013. Vamos comparar e desmistificar:
Produto Interno Bruto para 2013:
-Brasil: US$ 2.190 trilhões;
-México: US$ 1.327 trilhões.
Produto Interno Bruto para 2013 (Paridade do Poder de Compra):
-Brasil: US$ 2.422 trilhões;
-México: US$ 1.845 trilhões.
Nota-se, portanto, que o PIB brasileiro é 65% MAIOR que o PIB mexicano. Se levarmos em conta a "Paridade do Poder de Compra", o PIB brasileiro é 31% MAIOR que o PIB mexicano.
Passemos agora ao exame do PIB per capita, também conhecido como renda per capita.
PIB per capita para 2013:
-Brasil: US$ 10.800;
-México: US$ 11.000.
PIB per capita para 2013 (Paridade do Poder de Compra):
-Brasil: US$ 12.000;
-México: US$ 15.300.
Todos os dados apenas corroboram o fato de que a renda per capita do México é similar à renda per capita do Brasil no critério nominal (da produção real de bens e serviços) e um pouco superior pelo critério fantasioso da "Paridade do Poder de Compra" (critério pelo qual a economia da Índia, pausa para rir, é maior do que a economia da Alemanha e do Japão...).
No mais, apenas sensos comuns há muito divulgados pelos neoliberais. O primeiro deles se refere ao processo de industrialização. O México tem mais de 80% da sua corrente comercial atrelada aos EUA e foi inundado por maquiladoras de todos os tipos após a assinatura do NAFTA. O NAFTA dizimou a indústria mexicana e rebaixou o nível dos salários.
Agora, o segundo senso comum que tem a ver com as exportações. Em primeiro lugar, o Brasil não é um servo dos EUA, ou seja, não tem, nunca teve e nunca terá mais de 80% de sua corrente de comércio feita com os norte-americanos. Ainda bem! Outro ponto é que o Brasil exporta, como proporção do PIB, mais do que os EUA. Repito, o Brasil exporta, como proporção do PIB, mais do que os EUA!
Um país continental como o Brasil tem que fazer justamente o que os norte-americanos fizeram há décadas atrás, que é a criação de um pujante e diversificado mercado interno de massas. É isto que fará com que o Brasil não fique refém das incertezas dos fluxos comerciais internacionais, suportando melhor as crises cíclicas do capitalismo.
É isto que permitirá ao Brasil (junto com a diversificação dos parceiros comerciais) não ficar refém de nenhum país do mundo, como o México é hoje dos EUA. E é isto que está sendo feito no Brasil, para o bem de nossas gentes, desde o ano de 2003."
(Diogo Costa, em comentário a post publicado no jornal GGN intitulado "Comparação de PIB mostra semelhanças entre Brasil e México", de Gunter Zibeli, aqui.
A análise de Diogo guarda sintonia com o seguinte trecho de comentário de minha autoria, em post de ontem, 29: "... Já o 'naftiano' (?!) México, por exemplo, mesmo com certos indicadores inferiores aos nossos, contaria com critérios mais flexíveis de avaliação, razão de ostentar nota bastante confortável atribuída pela S&P". S&P: agência de risco Standard & Poor's).
Nenhum comentário:
Postar um comentário