O poema que inspirou Mandela
Por Tamára Baranov
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 – Joanesburgo, 05 de dezembro de 2013), ou Madiba (título e nome concedido pelos anciãos do clã de Mandela ao seu nascimento e o nome pelo qual é chamado pelo povo sul-africano) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
‘Invictus’ é um pequeno poema vitoriano de autoria do poeta inglês William Ernest Henley. Foi escrito em 1875 e era o quarto de uma série de poemas intitulados ‘Life and Death (Echoes)’. Originalmente ele não possuía título, e as primeiras edições continham apenas a dedicatória ‘To R. T. H. B.’, uma referência a Robert Thomas Hamilton Bruce, um escocês mercador de farinha e padeiro de sucesso e também um mecenas literário.
Quando esteve encarcerado junto com seus companheiros durante mais de duas décadas em Robben Island, onde cumpria pena de trabalhos forçados, Nelson Mandela encontrou nas palavras de Henley a esperança e a força necessárias para manter-se vivo. Mandela conta que toda vez que começava a esmorecer, lia e relia o texto, para amenizar a dor.
Invictus
William Ernest Henley
William Ernest Henley
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Tradução
Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável
Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida
Mais além deste lugar de lágrimas e ira
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos
Me encontra e me encontrará sem medo.
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos
Me encontra e me encontrará sem medo.
Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.
................
Fonte: Wikipédia. Tópico indicado por Tamára Baranov - aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário