segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A PALAVRA DE UM INTEGRANTE DO JUDICIÁRIO



.“O único partido do magistrado deve ser a própria consciência”



.“A partir de agora, o papel de fiscalização e supervisão é da imprensa como um todo e da sociedade civil”. (Segundo ele, as pessoas que buscam o tiroteio das notícias são aqueles que querem se perpetuar no poder).

.“Nos EUA, é raríssimo criticar juiz da Suprema Corte, porque ele é fechado, sereno. Na Alemanha, juiz não faz críticas junto à imprensa”.

.“A democracia latino-americana é nova e chegando com a velocidade da imprensa americana”. (Para ele, a mídia brasileira não estava preparada para o mensalão. E o Judiciário não estava preparado para enfrentar os holofotes).

.“O poder da mídia se sobrepõe ao poder do Estado”. 

.“Por que determinado canal de TV está há 40 anos com a mesma pessoa? Por que o Congresso não reforma concessões?”

.“A economia global acarretou explosão da mídia e carga de informações que muitas vezes não corresponde à realidade”. (O sigilo de fonte é utilizado em disputas internas, quando se quer 'plantar' um fato).

.“Até que ponto (as redes sociais) estão exercendo papel moral e ético? Até que ponto (estão) selecionando (notícias)?”

................
(Do desembargador Carlos Henrique Abrahão, do Tribunal de Justiça de São Paulo, durante a versão paulista do seminário “A democracia digital e o Poder Judiciário”, organizado pelo Jornal GGN com apoio da OAB nacional. 
Abordagens bem interessantes. Apenas uma observação sobre a Ação Penal 470, conhecida como mensalão: afirmar que a mídia brasileira não estava preparada para o mensalão parece um equívoco, pois setores da grande imprensa demonstraram não só estarem preparados, mas 'prepararam' com rara competência o 'clima' observado. O mesmo reparo é válido para a afirmação de que "o Judiciário não estava preparado para enfrentar os holofotes": a performance de alguns julgadores mereceria indicação ao Oscar, tal a desenvoltura ostentada).

Nenhum comentário: