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O relatório do BACEN "...sinaliza que o ataque à moeda nacional será mais um golpe frustrado, porque os fundamentos econômicos estão mais firmes que nunca."
O Banco Central divulgou hoje uma extensa e detalhada análise sobre a economia brasileira, que não deixa dúvidas de que o Brasil vem sofrendo, nos últimos dias, um ataque especulativo de grandes proporções, operado pelas viúvas de Bolsonaro na Faria Lima.
O mesmo relatório, todavia, sinaliza que o ataque à moeda nacional será mais um golpe frustrado, porque os fundamentos econômicos estão mais firmes que nunca. O Banco Central diz que o PIB de 2024 foi reajustado positivamente, “surpreendendo o mercado”, para 3,5%. Em 2025, também houve mudança favorável, para 2,1%.
Um gráfico que parece incomodar muito os bolsonaristas, dentro e fora da Faria Lima, é a queda no desemprego. Ainda segundo o Banco Central, “o mercado de trabalho também apresenta sinais consistentes de melhora”.
Ah, mas a questão fiscal preocupa. Não, não preocupa. O relatório do BC também aborda a situação fiscal do país, e os prognósticos são otimistas. Segundo o BC, “a meta de resultado primário do Governo Central para 2024 tende a ser cumprida. O Governo Central deve encerrar o ano com um déficit primário menor que o registrado em 2023 e inferior ao projetado pelos analistas ao longo do ano. Essa melhora reflete principalmente o comportamento positivo das receitas”.
Sobre o resultado primário, que é soma de receitas e despesas do governo, o BC também traz boas notícias: “o resultado primário consolidado do setor público apresentou melhora em relação ao ano anterior. Até outubro de 2024, o déficit acumulado foi de R$57 bilhões, uma redução significativa em comparação com os R$82 bilhões do mesmo período de 2023. Essa diminuição é atribuída à melhora no desempenho do Governo Central, que alcançou superávit expressivo em outubro, interrompendo uma sequência de cinco meses consecutivos de resultados negativos. Conforme apontado em relatórios anteriores, a recuperação do resultado do Governo Central se deve ao aumento significativo das receitas líquidas, com crescimento real de 6,9%, que superou o também considerável crescimento das despesas, de 5,8%.
(...)
”Quando se compara o desempenho fiscal do governo Lula com o de administrações anteriores, ele segue à frente, déficit primário acumulado, nos 21 meses de governo, correspondendo a 1,44% do PIB. A expectativa, do BC e do próprio mercado, como já dissemos, é que esse número melhore ainda mais até dezembro, e ao longo dos próximos dois anos.
O déficit primário durante os 4 anos do governo Bolsonaro foi de 2,43% do PIB. Tudo bem que houve a pandemia, mas é justamente por causa da pandemia que ainda estamos enfrentando alguns desafios fiscais.
Uma das melhores notícias presentes no relatório do BC refere-se ao bom desempenho da indústria brasileira de transformação.
Trecho:
(…) Nas últimas duas décadas, a produção da indústria de transformação permaneceu relativamente estagnada (Gráfico 1). Após uma fase de expansão até meados de 2011 e a forte retração entre 2013 e 2016, os períodos de recuperação foram curtos, geralmente sucedendo momentos de retração acentuada, como ocorreu em 2017 e 2021. Atualmente, o nível de produção da indústria de transformação permanece próximo ao observado em 2004.
Entretanto, desde o final de 2023, a indústria de transformação tem apresentado maior dinamismo. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-IBGE), nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2024, a produção industrial acumulou crescimento de 4,5%, com avanços generalizados em todas as categorias de uso. Destacam-se as expansões em bens de capital e bens de consumo duráveis. A maior contribuição para esse crescimento veio da produção de bens intermediários, dada sua significativa participação na indústria de transformação. Apesar de representarem pouco mais de 10% do setor, os bens de capital e bens de consumo duráveis responderam por um terço do crescimento no período analisado.
(...) O rendimento real do trabalho é outra excelente notícia. Segundo o relatório do BC, a renda média real (ou seja, acima da inflação) do trabalhador brasileiro, em outubro deste ano, estava 6% superior à média de 2019.
(...) Os analistas do Banco Central usam a média do final do ano de 2019, para pegar o período pré-pandemia. Repare no gráfico abaixo, para o PIB, ancorado na média do quarto trimestre de 2019. O crescimento do PIB desde o início de 2023 está acima inclusive da tendência observada antes da pandemia.
(...) Quando se ancora a estimativa do PIB com o ano de 2022, último da gestão Bolsonaro, o gráfico também é impressionante! O PIB está, definitivamente, em franco crescimento, impulsionado pelo consumo das famílias e pelo investimento produtivo (FBCF, ou Formação Bruta de Capital Fixo). (...).
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Matéria com muitos gráficos; matéria longa. E olha que nem entramos na análise política da conjuntura, por sinal muito bem delineada.
A impressão que fica é de que tudo estava programado para ser assim, salvo
o constrangimento ora observado, em que, em vez do caos esperado/planejado, constata-se que as contas nacionais estão positivas, algumas até surpreendentes. Convenhamos, fazer da vida real cenário de terra arrasada é complicado pra cacete!
Ambiente intragável para bolsonaristas!
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